{15 de fevereiro de 2018}
De vez em quando reclamo que não sou capaz de entender a mensagem do sonho e porisso não tenho o que fazer, esse aqui não poderia ser mais claro.
Teve um monte de coisa e então em decorrência me encontro sentada numa arquibancada de madeira que circunda uma quadra de ginásio tipo quadra de vôlei mesmo.
A arquibancada não é grande, algo assim de uns quatro lances de degraus onde as pessoas se sentam.
Estou ali em decorrência das minhas atividades e na quadra em si está em andamento uma aula de dança meio moderna.
A recorrência desse tema aula de dança já está tão acima de qualquer nível absurdo que ficou normal.
Existe um ponto aqui meio diferente ou talvez nem tanto, uma vez que no sonho da torta de maçã também era:não faço parte desse cursou ou aula.
Esse é um ponto forte no sonho.
Olho para a aula desejando estar, ou melhor, acho que desejando dançar. Tem toda a parte inicial da aula na qual são passados meio que exercícios e essa parte não me desperta grande vontade mas no fim da aula o professor, uma figura masculina jovem e séria, sem nenhum ar de professor de dança, fala:
– Então vamos dançar.
Tipo no fim da aula de improviso que eu fazia na qual improviso mesmo era só no fim.
Tem uma professora presente e ela passou umas coisas antes, os dois se alternam, mas a figura masculina parece ser mais importante.
Nesse ponto já entra na história alguma coisa em relação a roupas. mas não lembro o quê.
O que lembro é que eu mesma estou com minha sapatilha de meia ponta e me sinto prontíssima para dançar e tenho um plano.
Meu plano é na hora em que a aula de fato entrar na parte final de dança livre, descer até a quadra e perguntar ao professor se posso dançar.
Tenho a impressão de que por ser fim da aula e portanto minha inclusão não atrapalhar em nada e por demonstrar desejo de dançar, coisa que ele, como professor, deve respeitar, ele vai receber bem meu pedido.
Mas parece que a aula nunca engata nessa parte livre mesmo, na qual eu não atrapalharia, sempre fica em algo que antecede, na qual os professores passam instruções e se eu fosse lá iria atrapalhar.
Não que esse adiamento seja o ponto. Mas ele existe.
O ponto é justamente as instruções que o professor passa aos alunos e que eu, justamente por estar de expectadora, escuto.
O professor, ou diretor da companhia, pois aquilo é algo mais que uma aula de dança, já tinha dito para os alunos irem para a parte de dança livre, mesmo assim não deixou livre, ficou falando umas coisas. Essa parte está confusa. Acho que é assim: a professora é que fala de ir para a parte de dança livre e eu acho que dá então para eu tentar me incluir, mas quando vejo os alunos estão fazendo uma diagonal tipo aula de balé mesmo, seguinto uns passos que a professora fez, mas podem fazer mais ou menos do jeito deles, ou seja, de livre mesmo tinha pouca coisa.
Vejo os alunos passando na diagonal executando aqueles passos meio feios que caracterizam dança moderna e penso que não gostaria muito de estar fazendo isso a não ser que fosse minha única possibilidade de fazer algo.
Resolvo aguardar mais um pouco e é então que, depois de algo que não lembro a respeito de roupas, o professor, que claramente tem mais autoridade ali que a professora, vem fechar a aula e fala o “então vamos dancar”.
Ele coloca uma música muito, mas muito chata, como aliás é característico dessas aulas modernosas. Os alunos estão agora de fato sem passos passados pelos professores e a maioria fica no chão.
E essa é a parte que acho que constitue a mensagem clara do sonho.
Essa parte da aula tem tudo para ser o que eu estava aguardando, mesmo assim, talvez por causa da música eu não vou até lá. Não parece ser medo nem nada, pareço estar ainda aguardando algo.
Fico pensando no quanto a música é chata e sem graça e até tendo certa dúvida se seria capaz de dançar com algo tão sem graça e essa é a única coisa que parece justificar o fato de que eu não vou até lá seguir meu plano de dançar, mas o ponto, como disse. não é isso e sim o que eu vejo ali pelo fato de não estar dançando e sim como expectadora.
Estou pensando em mim e minhas questões, mas em segundo plano observo que os alunos, de suas posições iniciais no chão, esboçam movimentos para cima num claro desejo de sair dançando.
Isso super difere da vida real na qual a única que fazia isso era eu enquanto os demais ficavam enroscados no chão sem dar mostras de querer algo mais.
Mas aqui é bem claro o quanto os alunos tem desejo de serem levados pela dança como eu.
E então o professor, ali de pé muito compenetrado, sem dúvida um excelente professor, reprova isso.
Ele diz:
– Se concentrem no que se move dentro do....
Essa frase foi uma coisa muito louca pois ela não era completada de forma verbal e essa foi uma das raras vezes em sonho em que tenho clareza da frase não estar sendo verbalizada por completo. Muitas vezes fico em dúvida se foi e eu esqueci.
A frase não chega a ser verbalizada por completo mas vem com total sentido.
O professor durante a aula e durante o curso, pois esse ponto parecia ser um dos fundamentais daquele estilo de dança, havia instruído seus alunos a se concentrarem no que acontecia dentro do corpo ali na região que fica abaixo dos seios e sobre as costelas.
Acho que é caso de fazer um apanhado dessa informação que surgiu pela primeira vez no sonho
A parte superior do abdômem não pode entrar para dentro
" Céus, céus.
Nem sei chutar.
Estou numa pequena sala de aula de balé,que lembra a pequena sala de aula onde fazia flamenco com a Renata, na aula dada pela Fernanda.
Eu e mais umas 4 moças estamos em fila diante o espelho. Nessa mesma fila está a professora, pulando uma menina a minha direita.
Estamos todas de ponta.
A professora acaba de explicar que, ao fazer o passo no qual ficamos nas duas pontas fazendo “titi”, não lembro se existe um nome para esse passo. É aquilo que as bailarinas fazem de ficar andando na ponta, paradas ou se deslocando, dando minúsculos passinhos nas pontas. Engraçado porquê quase achei que fosse o que eu fazia no violinista, mas não é .
Lá eu andava mesmo.
Aqui não, era parado no lugar.
A professora fala de como se deve manter o abdômen.
Seria como se a gente já tivesse feito um pouco e ela tivesse visto e dito:
– O abdômen não pode ficar assim como vocês estão fazendo, tem que ficar assim.
E mostra.
Eu entendo mais ou menos. Quero entender melhor.
Penso em pedir a ela para imitar como estamos fazendo, porquê muitas vezes essa é a melhor maneira para perceber o erro, pois se ela mostra o certo apenas, muitas vezes a gente olha e parece que é exatamente aquilo que se está fazendo.
Apesar de ter essa clara intenção, na hora que vou falar com ela fico um pouco com vergonha, como se fosse uma coisa muito fora das regras e acabo dizendo:
– Qual seria a forma errada?
Mais ou menos o que eu pretendia dizer, mas o que eu pretendia seria mais preciso,tipo, qual o errado que nós estamos fazendo?
Fico com receio que a pergunta vaga leve a professora a dar uma resposta vaga que não resolve muito, mas para minha surpresa ela capta perfeitamente o que quero dizer.
Então ela curva um pouco a coluna, de modo que um sulco de forma na região entre a base das costelas. Ela faz o movimento com as pontas e diz:
– O errado é quando forma esse sulco aqui.Não pode formar sulco, essa região tem que ficar sem sulco nenhum.
Começamos todas então a praticar. Eu me esforço para manter toda a concentração nessa parte, coisa que é necessária para conseguir isso de “não criar sulco”.
É bem difícil e penso:
– Bom,essa parte do abdômem minha é bem fraca mesmo,t anto que tem aquelas flacidezes. "
Depois se colocou com energia no meio do corpo no sonho
A energia no meio do meu corpo
" ( ... ) Em seguida estou no salão da Gregório onde ocorre outra cena bem impressionante. Estou empenhada numa prática que seria assim:
Estou dançando uma musica animada. O salão está totalmente escuro, de um jeito tenebroso. Há, ali, uma grande massa de energia preta que não toma forma, parece uma nuvem densa de poeira flutuante, assim do tamanho, deixa ver, acho que um metro e pouco de altura por uns 80 cm de largura.
Essa massa negra maligna, pois coisa boa não é, me ataca enquanto estou dançando e eu repilo seu ataque fazendo acender no meio do meu corpo bem onde terminam as costelas e segue o abdômem, uma espécie de estrela ou foco de luz que tem lá dentro. Essa luz, que é branca, dissolve a massa negra, que se afasta me se reorganiza e volta a atacar."
Surgiu mais uma vez no sonho recente da moça devorada:
Mas vou morar num lugar onde aconteceu essa desgraça?
" ( ... ) Eles tem prazer em deturpar coisas belas. É o que fazem com a moça e uma zumbi feminina ali, que é mais maquiavélica, então faz assim: ela pega uma criança ou um bebê e com seus poderes de zumbi, pois isso não é possível, joga essa criança dentro do plexo solar da moça. Não na barriga, como se fosse grávida, aqui na parte de baixo das costelas.
Aquilo torna aquele belo corpo da moça uma anomalia de circo, como aquelas mulheres de duas cabeças, pois a cabeça dessa criança, que parece ser uma menina, fica visível ali no plexo solar da moça. Como no filme mesmo, no qual a cabeça da garota surge incorporada no púbis da mãe monstra dela. Os zumbis deliram com aquilo, conseguiram seu intento macabro, pois a moça de bela passa a ser uma aberração."
Pois bem.
Quando o professor fala essa frase que vem com grande destaque no sonho e mesmo não sendo pronunciada de forma verbal, eu sei o significado, esse significado e é o seguinte:
O ponto daquela dança era se concentrar, como se fosse uma prática meditativa mesmo, na energia que havia ali nessa região do corpo, que ao contrário do que eu pensei no primeiro sonho aqui da lista, de que não tinho problema físico nessa área, tenho sim. Essa parte do meu corpo parece disforme, uma coisa meio feia.
Mas enfim, o professor havia ensinado os alunos a se concentrarem no que havia lá dentro desse pedaço, pelo jeito um foco muito importante, e os alunos, ao invés de procurarem sair dançando, deviam se conectar fortemetne com esse foco e isso parece que os levaria a dancar.
Esse era o sentido.
E os alunos não estavam fazendo isso, estavam procurando já “forçar” uma dança.
Observo isso com tanta atenção que até me esqueço das minhas intenções.
E então em seguida os alunos estão sentados no chão de costas para mim, escutando as observações finais do professor.
Ele diz algo que isso sim não fica muito claro, como se estivesse escolhendo alunos para dançar talvez na próxima aula, uma vez que aquela ali havia se encerrado, pela cor da roupa.
A roupa de aula era livre,e o professor acho que escolhe um aluno de roupa preta, outro de roupa vermelha e depois mais um de preto, mais um de vermelho,como se tivesse alguma razão para isso.
Na sequência ele mesmo diz:
– Só vou quero os de preto e vermelho.
E então diz assim:
– A partir da aula que vou começar a dar importância para as roupas.
Ou: a partir da aula que vem a roupa vai começar a contar.
O que ele queria dizer era que com isso de não ter uniforme, os alunos estavam muito desleixados e esse não era o intento. O intento era que a roupa fosse livre, mas o dançarino ou aluno deveria ter cuidado com ela.
Fico olhando aquilo pensando nesse ponto da roupa.
E então os alunos começam a se dispersar já que a aula teminou.
Alguns deles sobem pelos degraus dessa arquibancada onde me encontro, pois ela dava acesso a saída, parece.
Por mim passa uma garota jovem, bonita, suada e meio para si mesma, meio para mim, comenta num tom de voz alto e alegre:
– Nossa, dá um nervoso!
Querendo dizer que fazer aquela diagonal ali e se expor dançando dava nervoso.
Fico imaginando que se ela comentou assim, com aquela expressão sincera, é por que deve dar mesmo.
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