Ai Jesus.
Sim, consegui não surtar com o lance dos nomes dos projetos não aparecerem na lista dos inscritos no Paulo Gustavo, mas se refere a isso em algum nível?
Nesse lugar que seria assim: é um amuradinho que rodeia uma espécie de mini-parque.
Sério. Não fica super claro isso de ser parque, mas é algo com vegetação alta e não é um terreno baldio. Eu estou curiosamente elevada ali dentro e outra coisa louca, é algo pequeno, tipo de uns 2 por 2 metros. É noite. Estava noite antes. Ma voltando, eu estou elevada não fica claro de que forma, mas não estou levitando. Mas vejo tudo do alto, como se estivesse sentada numa escada de uns 3 metros. Não é uma construção. Um andaime no máximo.
Então ocorreu que esse meu companheiro em um primeiro momento do qual estou consciente mas no sonho só comparece na forma de memória, esse meu companheiro fiel tinha me ajudado em algo que parecia um concurso de canto.
Tinha que gravar uma demo e enviar.
Ele tinha subido no poste de eletricidade que tinha na calçada em frente, como quem sobe num coqueiro, agarrando no poste e feito uma espécie de conexão elétrica ali com os fios de eletricidade do poste e isso tinha sido usado para eu gravar a demo e enviar.
Rola muita coisa ao mesmo tempo. Até acho que quando a gente sonha, sonha com mais de uma história ao mesmo tempo às vezes.
O clima todo é dark, mas não deprê nem terrorífico.
Esse meu companheiro havia me ajudado e é muito forte no sonho essa presença companheira fiel que me ajuda, sendo que de resto estou totalmente sozinha.
Aqui embola um pouco pois há uma repetição.
Caso eu esqueça, na vida acordada inscrevi os dois projetos, AAN e HY, no Proac, rolou aquela desinscrição por parte do André e agora inscrevi novamente no Paulo Gustavo. Uma repetição de tudo, de projetos, de experiências, e tudo com um intervalo pequeno.
Aqui eu havia feito a demo com meu companheiro e havia alguma repetição de algo.
A;go era repetido mas não sei exatamente o quê, apenas que essa segunda vez, e era uma repetição, não algo novo, eu estava sozinha.
O que mais parece é que eu havia gravado uma noca demo, dessa vez sozinha.
Mas estava sozinha ali nesse mesmo lugar e havia enviado uma nova demo de eu cantando ao que parece a mesma música, desse jeito melhor que estou sendo capaz agora, mas não que essa fosse a diferença. A vez anterior eu havia, parece, cantado da mesma maneira, toda a diferença estava colocada nisso de essa segunda vez eu me ver sozinha ali. Sinto que a demo ficou até que bem boa, minha voz não está mais embutida como antes, tenho muita intensidade e sensibilidade, como o Lyba disse e sinto que tenho boas chances, mas encarapitada ali em sei lá o quê, no alto do que parece ser meu mini-parque, no meio da escuridão da noite e da minha própria solidão, me vem o seguinte pensamento até de maneira calma:
– Mesmo assim não vou ganhar dessa vez.
Tenho uma consciência clara mas não sei baseada no quê, de que não vou ganhar.
Nem vou influenciar um sonho tão denso e forte com interpretações, pois seriam interpretações. O sonho era denso e forte.
Não associo com nada, mesmo que técnica e racionalmente alguns eventos atuais encaixem.
E concluo esse pensamento assim…
–Não vou ganhar dessa vez mas vou ganhar mais pra frente.
Estou até que muito bem, lidando com tudo com, não diria frieza, mas não achando que minha felicidade depende disso.
E então me ponho a fazer algo necessário ali para o andamento e eu vinha justamente nessa atitude de fazer o certo, dar o melhor de mim e não colocar minha felicidade no resultado.
Tenho que sozinha desfazer a tal ligação que o meu companheiro fez desse fio elétrico com tomada que vem ali para esse meu lote e o poste de eletricidade.
Seguro o longo fio elétrico na mão e estando meio na diagonal do poste, não é o ideal para se puxar uma tomada, mas eu, com o máximo de jeitinho possível para não arrebentar o fio ou não travar a tomada ali dentro, pelo fato de estar puxando ela na diagonal, dou uns puxões.
A primeira parte é resolvida, pois a tomada se despreende ali do possível… aliás, estou nomeando errado. A tomada deveria estar no poste, e o que despreendo com meus puxões é essa parte que encaixa nos buracos da tomada, esqueci o nome, essa que tem dois pinos.
Mas no que despreende, o fio vem mas se enrosca nos fios de eletricidade do poste.
Ok. Quando eu era pequena sonhava recorrentemente que começava a voar mas era presa pelos fios de eletricidade que formavam como que uma rede sobre mim.
Sem que tenha tempo de considerar o enorme risco que estou correndo, tendo um fio elétrico nas mãos que está enroscado nos fios mortais de um poste de rua, dou mais uns puxões e … o negócio se solta rápido.
Pronto, posso recolher com total tranquilidade e somente nesse instante é que penso no perigo que corri. Mas não penso demais. Junto ali as coisas arrumadinhas e desço dessa coisa que não é uma árvore e vou para a rua e ali que tem outro enigmático trecho.
A minha espera perto do meu carro está esse tal companheiro fiel.
Ele é tão, mas tão fiel e constante que mal reparo nele, como se fosse um braço ou uma perna. Mas nesse momento reparo. E curiosamete ele parece uma semi versão do Lyba, menor em algum sentido que não fica claro. O Lyba não era um homem alto e grande, mas esse homem, que não é um rapaz, é um homem, seria menor, mas com feições muito parecidas. O Lucimar é um homem pequeno, estaria o sonho misturando características dos dois? Ele me olha risonho. Vamos seguir juntos de carro e eu penso assim, meio enternecida:
– No final das contas quem esteve e está sempre aqui para mim foi ele.