O CAMPEÃO DE VÔLEI

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Então hoje, dia 20 de janeiro de 2024, é o ponto zero anunciado por meu sonho zerograus. O Leo King explicou como. Algo ligado a compressão do tempo, prevista por um tal Terrence MacKenna, ou pelo menos foi o que consegui entender, que previu isso em 2012 e que morreu já. Mas Leo King disse: esse é o ponto zero absoluto ou o ponto zero dos pontos zeros.

Meus sonhos rocks.

E eu aqui gramando do mesmo jeito. Saiu sangue. Estou ressentida. Brava. Que droga. Mas enfim. Chega de maus sentimentos.

Esse lugar parece o clube Paineiras do Morumbi.

Estou envolvida com um grupo que está sendo dominado no bom sentido por um time de vôlei estrangeiro, parece que nórdico, austríaco, mas seria tipo um dos melhores times de vôlei do mundo, que veio ali para se envolver com meu grupo.

A coisa não fica mais definida que isso. Como se eu tivesse atraído o interesse e amizade deles, pois não se tratava de uma interação profissional.

Então era algo bem coisa boa, ainda mais porquê eu pessoalmente estava atraindo muita, mas muita atração do capitão do grupo, ou seja, um dos melhores jogadores de vôlei do mundo.

Ele ficava conversando comigo e parecia estar gostando de mim romanticamente.

Ele era um tipo físico que não me despertava muita atração. Era um nórdico alto, muito musculoso e evidentemente deveria estar no auge da boa forma física. Mas tinha um rosto meio feminino, maçudo, aloirado. Falava comigo com muita afetuosidade e estava sempre sorrindo. Eu estava deixando rolar enquanto passava e repassava isso na minha cabeça de que achava a cara dele meio incomodativa. Mas ele era tão claramente bom homem que eu estava decidida a deixar a coisa progredir.

Então ele fica falando e falando comigo sobre sua maior paixão, vôlei. Eu penso em dizer a ele que sempre tive pavor de vôlei, daquela bola alta vindo na minha direção e que nunca, nunca consegui dar saque direito, nem mesmo por baixo, que é o mais fácil. A bola nem chegava na outra quadra. Por cima então eu nem tentava. Vôlei foi um dos meus maiores medos nas aulas de Educação Física do Porto. Basquete foi a única atividade e que eu era mais ou menos. A bola é grande e é fácil de pegar. Mas vôlei eu tinha pânico e pensando bem, acho que foi uma das primeiras coisas que tive pânico.

Mas curiosamente, mesmo que eu pensasse em confessar tudo isso para ele meio que terapeuticamente, pois a presença dele ali e seu interesse em mim não dependiam nem estavam vinculados de forma alguma a eu estar fingindo que gostava de vôlei ou que jogava bem, nada desse tipo.

Mas não digo nada e fico andando de lá para cá com ele, recebendo suas atenções e pensando se ele iria me beijar ou não.

Esse sonho pareceu mais longo do que foi.

Uma cena foi muito marcante. Uma hora em que estou mais sozinha, passo pela sala que está meio escurecida e vejo meu grupo, que seria de umas 6 pessoas, talvez 10, em círculo fazendo uma espécie de prática de vôlei coordenada pelo tal time do qual o austríaco era capitão. As pessoas estão em círculo atirando a bola de vôlei uma nas outras como se fosse um jogo de queimada, aliás outro jogo que eu era péssima. E olhando aquilo o que me passa pela cabeça como uma espécie de surpresa é:

– Mas eles parecem estar curtindo.

Sim, para minha surpresa, ninguém parecia estar achando chato ou melhor, se forçando a fazer aquilo por achar sei lá. Pareciam estar de fato gostando. Aí volta a coisa do beijo iminente mas tudo meio dissolvido.

{ 20 de janeiro de 2024}

IMAGE CREDITS ALESHA DEESING


O CAMPEÃO DE VÔLEI

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