{23 de junho de 2025}
Vejamos. Acho que inicia assim. Não tenho certeza. Estou de noite, num ponto de ônibus, na companhia de uma mulher senhorial, mas humilde, meio indígena, meio mulata. Minha ligação com ela é muito próxima. Estou ahora na dúvida se essa cena vem mesmo antes, mas escrever é a melhor maneira de lembrar.
Estamos fazendo uma viagem intermunicipal longa. Parece que estamos voltando para casa. Eu carrego coisas de trabalho, do mesmo trabalho que seria esse do sonho, qye explico já. E então vejo o ônibus se aproximando. Apesar de ser viagem intermunicipal ou quase, coisa longa, seria ônibus de rua, não de rodoviária, então é jogo rápido. Abriu a porta, todo mundo se enfia para dentro e essa senhora faz isso, mas eu me delonguei por que fiquei olhando o ônibus que estava vindo atrás, pensando se não seria uma opção melhor. E nisso vejo que não vou conseguir entrar nesse ônibus que minha companheira entrou, pois lotou. O ônibus parte e pela janela vejo que minha colega não percebeu que não entrei. Espero que perceba quando descer no nosso ponto e que tenha a lucidez de ficar me esperando lá, para a gente não desencontrar mais ainda, pós é o que pretendo fazer, pegar o próximo ônibus para lá. Agora acho que o sonho na verdade inicia com a seguinte outra passagem:
Estou num lugar distante. Distância, tem isso. Estou fazendo um job, fui contratada, e meu cliente ou chefe está numa salinha pequena e rola algo que embolou, tem um parceiro meu sli causando problema, parece, o chefe dispensa ele e acho que pretende fazer o mesmo comigo pois ali, parada em frente a ele, acho que com a calça rancheira que eu usava em criança, sunto que tenho que me justificar e digo:
-O trabalho está 80% pronto. Lembro com clareza essa frase. Pura verdade.
O Chefe fica parado me olhando, obviamente no aguardo de algo mais que comprove isso, e eu, remexendo na enorme pilha de lay- outs e raffs desse mesmo job, que carrego debaixo do braço, procuro para mostrar para ele a praia, que estava quase concluída, pois esse seria o job, construir uma praia, mas por mais que procure, não encontro.
Mesmo assim não sou despedida e tenho mais uma chance de concluir o job. Então quando estou no ponto com a tal colega, estaria levando o job para casa para terminar lá. Mas perco o ônibus. Então vou até uma casa de um cara, onde sei que posso pernoitar. Não é bem uma casa, tem o ar daquelas casas de vigia de floresta, acima do solo, acho muito legal isso. Meu amigo está fora e eu já entrei, me acomodei em um dis cômodos de madeira e inclusive espalhei pelo chão a tal praia que diante do chefe não consegui por nada achar.
- Mas aqui, sozinha em casa, claro que consigo, penso.
Não importa. Nada está perdido. Posso finalizar ali, sossegada e levar para ele ver pronta, o que ai não tetia como dar erro.
E aqui temos uma mega impressionante imagem, para esa saga de sonhos sobre praia.
Srm absolutamente nenhum paralelo possivel com a vida acordada, meu job incluía " fazer" uma praia. Não desenhar, fazer mesmo.
E eu fiz. Estendida ali no chão, ocupando uma área de uns dois metros quadrados, está uma praia completa em miniatura. Ali quando estava com meu Chefe, ainda estava em pedaços no lay- out, mas acabo de juntar os pedaços e a praia está completa, e peganfo o que seria uma cosa tipo essa de confeitar bolo, mas que espalhava espuma do mar, começo a " confeitar" ali a orla com doses generosas de espuma, pensando que meu Chefe ia cair para trás quando visse meu trabalho. Estou orgulhosa dele. Mas ao mesmo templo penso:
- Mas como, como farei para transportar isso de volta para o escritório, assim montado? É grande demais.
Nisso está na porta o tal dono da casa, que não chega bem a ser meu amigo, é brm mai homem de negócios.
- Amanhã de manhã você tem wye estar fora daqui, me diz ele. É só o que posso fazer.
E ainda tenho que pagar pela estadia, ele me passa o valor. Fico pensando em perguntar para ele se um banho está incluso nesse valor. Nem comi ainda, mas estou mais desesperada por um banho.
Mas a situação seria a seguinte. O trabalho ainda não está finalizado. Mesmo que eume sacrifique e passe a noite em claro trabalhando, não seria possível concluir e ainda arrumar tudo de modo a deixar o local na manhã seguinte como meu amigo determinou. Preciso de um lugar no qual possa ficar mais tempo. E nisso estou diante de uma moça. Ela é jovem, morena, alta, esguia, parece uma modelo. Ela tem uma casa na qual eu poderia ficar
- Quanto é? pergunto
- 3 mil... responde ela mas parece que iria continuar a frase.
No que estou pensando em perguntar se posso tomar um banho naquele momento e achando 3 mil cato, mas viável , e disposta a o que fosse para resolver minha situação, a garota ao invés de concluir a frase, se põe a contar num tom sonhador que está de partida para Mônaco. Não fica claro se de férias ou de mudança. Mônaco , isso mistério nenhum, ficou marcado na minha vida acordada por causa de um post no insta sobre bilionários terem sede fiscal em Malta, morarem em Mônaco, ou terem casa em Mônaco e frequentarem Londres.
Essa moça então me mostra uma planta da praia de Mônaco, como se tivesse uma só. Então temos aí mais uma praia como símbolo. A planta da praia, que surge ali concretamente, mas sem nenhum suporte realista, não é um mapa, não é uma tela, não é nada, mostra a tal praia. Eu me ponho a fazer algo que é meio característica minha fazer, mas nada tem de falso ou interesseiro. Me ponho a enaltecer algo da vida de outra pessoa.
- Mônaco, digo eu, é o hot point do mundo, só tem bilionários lá.
A moça, que já estava encantada com a viagem, fica mais animada ainda. Com o dedo, me mostra na pkanta uma enseadinha que fazia parte da praia, mad ficava no cantinho.
- Então acho que é aqui que vou ficar, esse é o cantinho mais badalado dessa oraia.
O cantinho mais badalado da praia mais badalada do mundo, penso comigo.
- Você vai estar no buxixo do mundo, eu digo
E isso encerra essa passagem que prossegue em uma outra com eu e meu romance com um professor, depois escrevo.