{1 de junho de 2025}
Isso é o que existe. O resto é nóia da minha cabeça
Primeiro uma passagem talvez avulsa. Voltei a dirigir e melhor que nunca. Não sei que estou sonhando, pelo contrário, é tão real que eu penso:
- Nossa, de uma hora para outra estou dirigindo de novo, sem nenhum stress e pegando estrada ainda por cima.
Estava tão tranquilo dirigir que tenho que recapitular essa passagem da estrada e lembro que corri muito. E lembro também da Lu ter comentado isso uma vez, que " só dá para correr na estrada". Bom. Ali por esse lugar meio rooftop, com lajes de um lugar frequentado por jovens, eu e o Lucas R. temos um envolvimento. Várias vezes fomos a uma espécie de nicho, assim parecendo uma pequena caverna de cimento elevada um metro do chão, algo que racionalmente eu deveria ter medo de entrar, vai vai saber o que tem lá dentro, mas no embalo eu entrava e já tinha beijado o Lucas na boca várias vezes. Ele falava comigo daquele jeito meio inflado, meio enrolador, meio over entusiasmado dele e nas brechas que eu tinha de consciência, pois estava meio que sem isso, reparava nos dentes da frente dele, um pouco mais claros que o restante e um pouco mais compridos não apenas que os demais dentes mas mais compridos que o normal dos dentes incisivos humanos, o que o deixava ligeiramente parecido com... um rato. Em paralelo eu estava também me envolvendo em escala crescente com o irmão dele, tudo caminhando para acabarmos nos beijando também, e aquela velocidade enganosa que o Lucas promovia e então estamos eu e os dois ali no páteo ensolarado e mais uma vez reparo nos dentes do Lucas e então me ponho a falar sem nenhum planejamento prévio, apesar de estar falando de um jeito particularmente firme e quando vejo estou pronunciando as seguintes palavras:
- ,,,mas não é nada disso, é apenas...
E aqui não tenho a menor idéia do que vou dizer e quase como se estivesse canalizando, me escuto dizendo as palavras:
- ...tirar vantagem!
E nisso percebo que acabo de definir para mim mesma o que no fundo percebia que tanto o Lucas quanto o irmão dele estavam fazendo. E tendo dessa forma rompido com a relação com os dois, saio de lá correndo, meio horrorizada comigo por ter beijado o Lucas e com súbito medo de que venham atrás de mim. Entro correndo na minha casa e digo a alguém para trancar todas, mas todas as portas mesmo. Vou trancando as que posso mas são mutas. Penso comigo que acho que estou exagerando um pouco, os dois são aproveitadores mas não bandidos, mas uma parte minha já entrou em parafuso.
Tinha mais coisa? Acordei, fui no banheiro recapitulando o sonho, voltei a dormir e o sonho retoma.
Nesse mesmo lugar que era uma espécie de centro de atividades, numa espécie de caixa dágua, estão esses tijolos que eu mesma fiz, firmando uma espécie de bloco, e estando esse bloco afundado em água e o grande problema era que esse bloco deveria ser compacto mas atrás de alguns tijolinhos haviam buracos. Esses buracos, esses ocos, e aqui me pergunto se isso não seria representação de uma metáfora que usei ao rezar, dizendo que algumas atividades minhas, mesmo sendo coisas que eu gostava de fazer ' pareciam ocas".
Mais por força de hábito do que qualquer coisa, pergunto para o Lucas, que está ao meu lado, como resolver. Ele responde de forma enrolada e já vira o corpo e vai saindo. Mas a resposta dele parecia deixar a coisa muito dificil de resolver. No que estou ali parada olhando para os tijolos e meio que criando coragem para fazer o que o Lucas tinha sugerido, não sei se chego a pedir ajuda ou se só por perguntar algo ele já vem me ajudar. Havia um faz tudo ali nesse lado cal, um rapaz loiro, muito bonito aliás, alto, forte e o melhor, muito decidido.
No que eu digo meia coisa, ele já se vira e quase sem dizer nada, pega o saco de argamassa e vira dentro de os ocos. Pronto, resolvido. Digo para o Lucas:
- Ele preencheu com argamassa!
Simples e eficiente.
Vai resolver, mas vejo que alguns dos tijolinhos sairam do alinhamento e enfio a mão ali para ficar recolocando eles na posição milimetricamente correta, e o faz- tudo loiro me olha com severidade e afeto e me diz;
-Silvia, deixa disso, deixa torto um pouco.
Era um perfeccionismo exagerado meu mesmo, pois eles poderiam ser realinhafod depois, naquele momento a prioridade era resolver os ovos. Acho graça e paro
Acho que a parte do hostel vem a partir disso. Jung no vídeo falou aquilo dos símbolos repetidos, aqui de novo o mesmissimo hostel do sonho de ontem, uma casa habitada por gente muito jovem, aquela muvuca, eu ali de lider, no sonho de ontem não tinha esse detalhe, mas aqui eu ali chefiando e pensando, bem, eu sou boa chefiando, vai var tenho que fazer isso mesmo, e de novo o mesmo problema, ir no banheiro para fazer o número 2, mas... depois de uma primeira tentativa bem igual a do sonho de ontem, de tentar me virar num banheiro com privacidade zero, esse revertério: a casa é grande, muito grande, eu penso. Com certeza deve haver alas nas quais nunca ninguém vai. E de fato, saindo ali da parte muvucada, dou com uma ala afastada com aposentos da Duquesa que teria sido a proprietária ali do local. Tem um quadro a óleo na parede com o retrato dela, uma dama austera vitoriana. No que vejo a pequena escada de madeira antiga que levava aos aposentos dela, escuto a voz da mesma vindo do além- túmulo:
-Vou ficar aqui vigiando a entrada do meu quarto!
Isso não vem como algo para me assustar e sim mais para confirmar que aquele quarto seria o dela e portanto o ideal para mim. Me sinto super digna do quarto dela. Subo os 5 degraus de madeira e dou com um quarto vitoriano impecável e um banheiro anexo igualmente imaculado. Ninguém tinha conhecimento daquilo. Me tranco ali, uso o banheiro e ao contrário do sonho de ontem, tudo se resolve com facilidade. Lembro de um trecho no qual, na tentativa anterior nesse mesmo sonho de usar i banheiro, eu entrava num dis quartos e trancava a porta,mas no que estava quase me sentando no vaso, a menina entrava no quarto. Eu penso: mas como ela conseguiu entrar se tranquei a porta? Mas a resposta não fazia diferença, se essa tranca não tranca, tinha que sair dali. Mas esse segundo quarto, o da Duquesa, era desconhecido e ninguém iria ali.
Acho que então estou na entrada desse lugar, que tinha um muro rodeando, aberto para a rua e vejo na eua, passando devagar, a kombi velhissima dos exames médicos
Ali no sonho me chama a atenção o estado caquético da kombi, mas não tenho tempo a perder com isso. Essa kombi passa recolhendo os exames públicos, para analisar e devolver com os resultados. Digo para a Lu, que está ali perto:
- Vai lá, fala para a kombi esperar que eu vou pegar os exames do pessoal lá dentro e trago.
Era do interesse da Kombi recolher os exames, então não iam achar ruim de esperar.
Mas a Lu fica enrolando e não vai. Repito a frase e então percebo que ela não quer ir. Chega a me sugerir para eu mesma ir.
- Qual o problema, você está com vergonha de falar com eles?
Pela expressão com que ela me olha, fica claro que é isso mesmo. Não tenho tempo de ficar discutindo. Sou a chefe, preciso agir com eficiência. Vou correndo para dentro do alojamento e é nesse instante que olho para meus pés e eles estão vestidos em duas meias brancas de cano alto mas que estão pretas, totalmente negras de alguma sujeira. Escuto alguém dizer:
- Olha, as meias dela estão pretas de sujeira!
Apesar de uma visão meio aflitiva, era apenas isso, sujeira. Quando tiver tempo, eu limpo, penso.
Entro correndo na casa. Sobre a mesa de madeira estão os formulários dos exames de todos. Começo a conferir. Falta o sétimo. O sétimo seria do rapaz sentado do outro lado da mesa, de pijama
- Me dá seu exame. Só falta o seu.
- Minha mãe não deixou eu dar, ele me diz
Esse rapaz tem pelo menos 25 anos. Mais uma vez penso que não tenho tempo para esse tipo de besteira. Sou a chefe, tenho que resolver. Simplesmente arranco o formulário dos exames das mãos dele, nas quais estavam. O gesto o pega de surpresa, ele está com a mão mole e é fácil. Decidida, entro no cômodo ao lado. Tenho que me concentrar com calma para procurar sei lá o que naquele calhamaço dele, não era o exame ali já pronto para ser levado, eu teria que arrumar, algo que exigia concentração, e já prevendo que a mãe dele poderia vir me encher, digo para uma menina, a mesma que tinha entrado no quarto trancado:
- Ven cá. Fica de vigia na porta.
Ela obedece. Sento numa mesa e começo a botar em ordem os documentos, e nisso não lembro o que se passa. A sala fica cheia de gente jovem batendo papo. Essa menina é uma ineficiente.
Ainda tento realizar minha tarefa mesmo assim, mas acho que a mãe dele, uma senhora não igual a nenhuma da minha vida acordada, remontando levemente a Patty Duff de cabelo curto, entra e me interrompe, sai, talvez eu a siga até o quarto do lado pous o que lembro é de nós duas de pé nesse quarto e eu gritando:
- Eu sou a chefe aqui! Eu que mando, não você! As coisas vão ser como eu estou falando que vão ser!
Mas essa mãe não tem poder contra mim e acho que essa é uma das mensagens do sonho.