{25 de fevereiro de 2021}
Nessa casa que é da minha mãe eu juntei uma espécie de caderno desencadernado que seria como que uma coleção das minhas criações.
Parece uma série de layouts colados em cartolina mas são pequenos tipo o formato do menu do Galícia.
Tem muita vida e felicidade e criatividade nesses lay outs. Eles são coisa boa.
Essa casa da minha mãe é meio de madeira e está com pessoas que não são da família. Tem uma figura masculina meio atraente ali e então estou sentada numa mesa redonda na sala com ele na minha frente e seguro esse caderno de criações minhas e a seguinte interação rola.
Quase que ao mesmo tempo que eu me detenho no impulso de mostrar para ele as minhas criações, ele me mostra um caderno muito, mas muito similar ao meu em todos os aspectos. Eram lay outs do mesmo tamanho, também em cartolina, também soltos mas meio que arrumados como se fosse um caderno e com criações quase que em paralelo com as minhas. Tudo o que eu havia criado ele havia criado muito que na mesma linha. Não tinha nada de sentido ruim, de cópia, nada disso, pelo contrário, era algo de sintonia.
Mas ele me oferece o caderno dele e eu tenho uma reação que não sei dizer se seria certa ou errada.
Acho que não devo me despejar em cima dele e sim ser receptiva.
Me sinto masculina despejando minhas criações em cima dos homens, mas não sei dizer, sério, até que ponto estou certa pois em parte tenho que me forçar um pouco a me colocar de lado e me interessar pelas criações dele mesmo que sejam bem legais na verdade.
Então fico vendo e uma das criações envolve uma imagem muito cheia de vibração boa de uma praia.
Então ele começa a demonstrar interesse em mim e eu penso:
– Bom, então ele é o homem que veio para ficar comigo.
E começo a olhar com um ar meio crítico e me incomoda um pouco a boca dele que é meio aberta e frouxa. Tipo a boca daquele ator do filme dos clones.
Fico pensando que terei que conviver com aquela boca, beijar aquela boca, etc, o resto da vida.
Parece sim um pensamento mesquinho mas o fato é que desde o começo estou meio que me “obrigando” a aceitar esse cara que até é legal. Mas eu é que estou me forçando a coisas que de certa forma não quero com ele. Não queria olhar as coisas dele pelo menos não naquele momento e não queria já me considerar casada com ele pelo menos não naquele momento.
Então estamos no lado de fora da casa na garagem e tem muita madeira ali nessa construção e isso passa algo muito, mas muito bom.
E há um carro na garagem e eu entro dentro do carro para mexer em sei lá o quê. A sensação é boa. Então ele entra também e não fica muito claro o que estamos fazendo ali no banco de trás. O que ficou claro foi a seguinte cena:
Estou meio que aceitando ali os interesses dele em mim meio que por desespero, não extremo mas sei lá. Nem me permito cogitar outra coisa.
Então meio que minha atenção vai para os arredores pois isso sim estava me atraindo de verdade.
Vejo claramente o lugar.
Tinha uma parte de favela na frente mas ao invés de ser algo deprê, era algo muito cheio de vida, com casinhas todas de madeira.
O fato de ter aquela favela ali era quase que uma qualidade. E depois vejo muito, mas muito verde, um verde muito viçoso e agradável.
Então fica a seguinte contraposição bem clara. O rapaz não está me encantando. Sim, tem bastante qualidades e estou super e até forçadamente receptiva, mas não posso dizer que esteja particularmente atraída muito menos encantada. Mas o lugar me encanta. Começo a pensar que aquele sim é o lugar perfeito para eu fazer meu sítio-centro. É perto de São Paulo. Tipo uns 50 minutos. No sonho esse lugar está tão definido que ele quase grita para mim.
O único lugar que existe no momento nesse perfil é a cidade onde o Lucas está. E aqui rola algo que se fosse vida real seria meio banal mas num sonho com certeza sinaliza algo mais.
Eu sei que estamos no interior e portanto não tem praia. Mas mesmo assim eu olho ao redor como se tivesse chance de haver alguma. O racional seria dizer que sei que é um sonho e porisso tudo seria possível mas não sei que estou sonhando. Até me pergunto quando olho ao redor procurando a praia que raios estou fazendo, estamos no interior, é impossível praia ali.
Mesmo assim eu olho ao redor procurando e acabo dizendo essa que é a frase mais forte do sonho:
– Se tivesse uma praia aqui seria perfeito.
Meu deus, o que significa essa praia que eu tanto, tanto, tanto, mas TANTO anseio e como dar isso para mim?
Tive o sonho A PRAIA TENTÁGUA quando fui filmar o AAN. Pelo menos um pouco estou no caminho certo.
Me guiem para essa praia.
IMAGE CREDITS LUIGI & IANGO | NATASHA POLY | VOGUE JAPAN MAY 2021