HEFFIE

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12min de leitura

{16 de setembro de 2016}

Teve a sensação de uma fantasia minha mas foi sonho.

Não estava exatamente, como em tantas outras vezes, tentando comandar o sonho mas sim interagir com ele para tentar descobrir coisas.

Pois bem.

Tenho escutado do áudios do Neville que são sim uma versão um pouco mais mundana do que é dito pelo Saint Germain e tem me ajudado sim.

Um dos áudios do Neville que acho que não escutei ou mencionava uma escada ou tinha uma escada na capa mas curiosamente o sonho mistura dois elementos.

Os vídeos daquela numeróloga americana que assisti sobre os números das casas sendo que aqui estou no número 7 e seria a casa da introspecção e a tal escada.

No sonho seria assim. Seria como se houvesse um vídeo dessa numeróloga mencionando escada, imaginar escada, não ligado a numerologia, mas como forma de ver como estavam as coisas no subconsciente.

Sim. Não de mudar, mas de ver com o que se estaria lidando. Mais isso.

Pois começo o sonho com essa atitude, de “ então vou ver em que pé estou ”.

Meio que seguindo as instruções desse vídeo, que está sendo lembrado por mim, não estou vendo ele ali, me visualizo junto a uma escada. A instrução era essa. Automaticamente me vejo dentro de uma casa que tem uma escada de madeira meio antiga que sobre do térreo ao superior, sendo que eu estaria na sala tendo a escada ao meu lado direito.

O fato de me enxergar dentro de uma casa já seria algo que “ mostrava algo ”, pois a instrução era sobre uma escada, nada determinava que fosse uma escada dentro de uma casa.

A escada me impressiona por ser grande e sólida, mas a casa é bem opressora logo de cara, mesmo que de forma sutil.

É sólida, nem grande nem pequena, mas fechada e sem móveis.

Não chega a ficar algo explicitamente sem móveis ou sem janelas, mas não noto nada disso ali.

Meu desejo imediato é sair dali,mesmo percebendo que aquela escada ali, com ar muito poderoso, convida a subir para o andar superior.

Mas eu olho a escada e... aqui tem algo.

Seria como se a instrução seguinte fosse: tente fazer o que você deseja.

Acho que até pode ser que eu escute a voz daquela mulher numeróloga dizer isso como se eu estivesse lembrando as instruções do vídeo dela. Tanto que eu olho aquela escada e penso:

– Bom,quero sair dessa casa. A instrução é tentar fazer o que quero e é isso.

Até mesmo no sonho sinto a escada me chamando para que eu suba, mas não quero isso.

Aqui quase que conseguiria fazer uma planta.

Essa sala despida na qual me encontro teria assim não mais que o tamanho da kit.

Tenho essa escada, que aliás,é desproporcionalmente mais forte e larga que a casa toda, na minha diagonal direita.

Me virando mais uns 90 graus, colada no que seria a parede 90 graus com a parede dessa escada havia uma outra escada menor e mais estreita, que levaria a porta da rua.

Me dirijo a ela com essa mentalidade de “ pois bem, vou sair daqui então ”.

O tempo todo tenho essa atitude de estar como que numa fantasia guiada daquele tipo que se faz em regressão, por exemplo, ” vc vai descer uma escada e encontrar sua vida passada, etc ”.

Eu me disponho a tentar sair dali já com essa expectativa de ver o que me surge.

Desço a pequena escada que leva até a porta de entrada.

– Até aqui tudo bem, penso comigo.

Logo me vejo diante da porta, que tem aquela tramela,,, esqueci o nome.... a gente gira uma coisa que parece um parafuso grande e desloca um pino para a esquerda, assim abrindo a porta. Se girar para o outro lado, o pino entra num buraco que tem no batente e trava a porta. Bem fálico mesmo.

Giro o pino e ele abre a porta sem entraves.

– Até aqui tudo bem, penso.

Abro a porta e...

Dou com o que poderia ser descrito como um fechamento ali quase como um pequeno armário. Teria uns 25 cm de profundidade e parecia que avançava para a direita um pouco, não era das dimensões da porta exato.

Está revestido de uma espécie de carpete raso bege.

Não tem uma aparência super hiper sólida. Parece até ser de compensado e não de alvenaria, algo que se eu tentasse derrubar talvez conseguisse e ainda tem essa espécie de entrada a direita que quem sabe tivesse uma passagem.

Estou agora cada vez mais achando que esse é meu verdadeiro “ sonho de niver ” então serei meticulosa.

No que encontro isso, minha reação é de “ tá vendo, deu isso ”.

Exatamente como no sonho da sequência de portas que eu ia abrindo até dar com o portão e o motorista, que eu ia abrindo na expectativa de que o sonho iria determinar se sim ou não e no caso determinava que sim,pois as portas abriam, aqui determina que não.

Existe uma fração de possibilidade de eu forçar passagem mas não faço isso e sinceramente o sonho não parece ser sobre isso, forçar passagens.

Eu acato o que encontro.

E logo vejo uma espécie de contrapartida.

Ali naquele vão, como um armário mesmo, existe uma pequena prateleira superior,muito igual a essa que fiz aqui na kit na porta da frente e sobre ela há uma pilha de caixas que muito claramente seriam “ meus dons ”.

Penso isso ou até mais, sei disso.

Não posso sair da casa mas esse são meus dons, penso.

Como se houvesse uma escadinha ali, vou pegando todas aquelas caixas sobre a prateleira e aqui cabe uma descrição.

Na verdade seriam mais estojos do que caixa, todos com jeito de estojo de jóias.

Um deles parece muito com o estojo de medalhas do papai que ainda está no escritório dele e inclusive é azul intenso royal como o do sonho, só que o do sonho era quadrado e teria assim uns 20 e poucos cm.

É o que me chama mais atenção, mas todas as caixas ou estojos tem boa aparência e estão revestidas de veludo ou tecidos brilhantes. Vou pegando e empilhando nos braços e é uma pilha no limite do que sou capaz de carregar.

Mas depois de tantos sonhos nos quais carrego uma pilha de tralhas, essa pilha de caixas que apesar de grande é leve e bonita e atraente é um progresso.

Já que não me é dado sair da casa quero ver quais são meus dons.

Penso isso e me espanta agora esse detalhe de que eu não sei quais são.

Subo a escada de volta para a sala carregando a pilha e agora estou meio sem instruções.

Aquela casa e aquela situação ainda seria uma espécie de... sei lá... uma representação do meu estado, mas agora ajo por conta própria.

Mas tudo o que sucede tem esse tom de “o que me é dado e o que não é ”.

Chegando na sala estou meio irritada e assustada até de me ver presa ali naquela casa fechada e vazia o que aliás foi o tema do aniversário. Meus irmãos esqueceram de me ligar e eu me senti desoladamente sozinha inclusive consciente de que se eles tivessem ligado isso teria apenas camuflado essa solidão toda.

Na casa sinto isso, não consigo sair dessa casa fechada e despida e vazia.

Aliás, estou vendo aqui como super hiper remete,pois... só o que tenho são meus dons.

Me preparo pelo menos para aproveitar o que tenho, como fiz na vida real em especial no meu niver.

Quero sentar, tomar um café e olhar o que tem dentro das caixas e esse ponto é a primeira coisa que de certa forma parece romper com uma representação fiel do meu estado atual e quase que do dia do meu aniversário, pois eu não sei quais são meus dons.

E na vida real os dons que tenho e pratico dentro dessa casa fechada e vazia são o desenho, os vídeos, as vila ida, etc, tudo coisas conhecidas.

Mas no sonho o conteúdo das caixas seria uma grande revelação e parte importante daquele experimento meio místico no qual eu havia me inserido.

Para descobrir algo sobre mim e mais até, sobre meu destino.

Então... aqui vem algo que seria influenciado por essa abordagem Neville de como conseguir realizar seus desejos.

Porquê tendo ali a pilha de caixas nos braços eu vou até o que sei ser a escada que desce para a cozinha.

Nesse sonho que a primeira vista parece repetitivo e dispensável, essa casa fechada, mas sólida, com vários níveis, diversas escadas como a que desenhei naquele caderno... nada banal na verdade.

O marcante nesse pedaço é que a escada que leva a cozinha é meio em caracol e bem longa, descendo bem e virando para a direita.

Parada no topo dela eu quase que poderia ter medo, se não fosse ela meio envolta numa luminosidade que torna isso quase impossível.

E os degraus são meio brancos, como se fosse de piso de cozinha já.

Parada ali, faço o que no momento acredito ser o jeito correto: começo a gritar.

– Quero um café e um pão! Um café...( e aqui penso no que posso querer com o café ) e um pão.

Grito em voz de comando, com autoridade, apenas por estar seguindo instruções que ainda que não tenha super consciência disso no sonho, são as que são passadas nesses vídeos que tenho escutado. Até andei fazendo isso mesmo na vida real.

Não é nem por raiva nada mesmo que esteja sim meio com raiva.

Não adianta nada.

Nenhum som vem da cozinha e é muito louco esse pedaço pois eu tenho tudo, absolutamente tudo para achar que a cozinha está vazia e que estou gritando para o vazio mas não é o que sinto.

Mesmo ciente da possibilidade daquilo virar algo de terror, começo a descer os degraus carregando ainda a pilha, o que me exige cuidado. E a partir desse instante se dá uma mudança de atitude minha.

Até então, desde o começo, eu estava seguindo as instruções que havia recebido nos vídeos.

Aliás estou percebendo o quanto esse sonho é uma representação perfeita e brilhante da minha vida atual. Aqui estou, aparentemente confinada numa casa ( espiritual, não a kit em si) até bem boa, que se não tem móveis nem pessoas nem janelas está limpa e segura. Mas da qual não consigo sair. Tenho meus dons comigo e como disse,é o primeiro ponto que parece romper com essa metáfora, pois não sei quais são eles.

Mas são muitos e parecem tesouros.

Quando “ grito para ser atendida ”ainda sigo instruções.

Como quando fico aqui fazendo essas mentalizações para ver se mudo minha vida ou “ saio dessa casa ”.

Nada ocorre.

Então eu, aliás também como na vida real, desencano e começo a fazer como acho.

A partir desse ponto não estou mais seguindo instruções e sim meu instinto.

Resolvo descer até a cozinha.

Fica esse forte ponto de que subir a escada para o andar superior me assustava sem motivo e agora escrevendo, me parece ser o ​que eu deveria ter feito.

Descer a escada para a cozinha, mesmo tendo tudo para ser assustador, me atrai.

Desço a escada e o que encontro prova de vez que esse sonho singelo e discreto é sim o que mais tem potencial para ser meu sonho de aniversário, pois claramente não foi controlado por mim.

É uma cozinha muito ampla. Apesar do restante da casa ter uma sensação de solidez e segurança, os ambientes eram todos meio limitados e sutilmente opressores devido a falta de janelas e móveis.

A cozinha é ampla e tem várias aberturas. Vejo a luz do exterior entrando em grande quantidade e mesmo sem ver propriamente janelas, logo de cara fica estabelecido que a cozinha se abre para o exterior de forma generosa e sólida, tipo, tinha aberturas grandes que não passavam a sensação de algo que poderia se fechar a qualquer momento.

A casa pelo jeito era construída em declive pois a cozinha de certa forma dava nível com o chão ,justamente o contrário do que poderia esperar de uma cozinha no fim de uma escada tão longa, descendo tão fundo.

O piso é branco e tudo tem um certo ar de cozinha de casa vitoriana ou de campo.

Não vejo nenhuma comida mas passa ar de fartura. E de riqueza. No meio dela ,bem como nas cozinhas vitorianas, tem uma sólida mesa ou bancada que seria onde a comida era preparada.

E ali, na cozinha, contrariando tudo até então e provando ser esse um sonho trazido pelos guias, está a cozinheira.

É uma senhora de uns 60, encorpada, com um cabelo branco impecável preso num estilo bem vitoriano e usa também uma roupa de empregada vitoriana, um vestido longo de mangas longas preto e um avental branco por cima.

Está serenamente passando um pano com um rodo no chão e me chama a atenção o ar de limpeza daquela cozinha, mas não uma limpeza árida e estéril como o restante da casa, uma limpeza que transmitia justamente fartura, riqueza, cuidado.

O chão já estava limpíssimo, quase brilhava e ela passava aquele rodo ainda deixando mais limpo. Pelo jeito estava encerrando os trabalhos do dia ali.

Ela tem todo o ar de suprema autoridade dos empregados vitorianos e mesmo sendo eu a patroa, se dirige a mim como se fosse minha superior, mas de um jeito super bom .Sem nem me olhar direito, diz:

– Acha que se ficar gritando vai receber as coisas?

Essa observação dela, que é dita no tom mais calmo do mundo, me mostra em segundos o quanto era mesmo equivocada minha atitude de achar que esse seria o jeito certo, ficar gritando e meu café e pão surgiriam.

Não, eu tinha que descer até a cozinha para pegar.

Gostaria de lembrar melhor pois agora percebo o quanto essa cena foi impressionante.

No que encontro essa figura tão viva, tão forte, tão boa e tão segura, me dou conta de que não estava tão sozinha quanto achava. Nem tão fechada, já que a cozinha quase que era totalmente ligada ao exterior e talvez nem porta tivesse.

– Eu quero um café e um pão.

A cozinheira se dispõe a levar. Eu vou até essa mesa no centro e começo a assimilar as seguintes coisas:

- Não estava sozinha nem um pouco. Essa empregada, como disse, era uma fonte de sabedoria, cuidado, eficiência, mantinha aquela cozinha impecável e fornida e esse era meu sustentáculo ali naquela casa. Eu seria alimentada. Teria a comida que pedisse, só teria que descer até a cozinha e estaria sendo nutrida em minhas necessidades.

Não tinha nada contra descer e pegar a comida, tinha gritado ali por achar que era o jeito certo.

-A cozinha era uma espécie de fonte de vida para mim. Tinha calor humano, confiança, comida, cuidado, amparo, beleza, riqueza.

Assimilado esse ponto, o impressionante diálogo com essa personagem claramente divina, sem falar do sonho da velhinha com as flores na cabeça, prossegue.

– Porquê não posso sair para a rua?

Pergunto claramente sabendo que pergunto para a pessoa certa. Aquela cozinheira claramente era alguém muito mais sábia que eu.

Novamente ela não larga o rodo nem me olha diretamente. Claro que pretende me dar o café e o pão que pedi, mas segue um procedimento e precisa terminar de passar rodo no chão antes. E mesmo sem me olhar tem um ar carinhoso e amoroso.

– Por quê não pode mesmo, ela responde.

Me fala como a uma criança.

Não tenho nenhum, nenhum sentimento ruim a respeito dela.

Fico calada ali e por dentro me ponho a maquinar o que me parece ser um plano brilhante.

– Olha essa cozinha, penso comigo. É por aqui que tenho que sair para a rua, estava tentando pela porta errada, a da frente. Ela está bloqueada mas a porta dos fundos está totalmente desimpedida. É só esperar de noite a cozinheira dormir e sair por aqui, pronto.

Como uma criança mesmo, elaboro esse plano. De noite viria para a cozinha e sairia.

Fica meio óbvio que sendo esse ser iluminado que claramente era a cozinheira, ela teria percebido o que me ia na idéia. Talvez até fosse intencional.

E nisso encerra esse sonho, com eu pelo menos ali no momento, mais interessada em ver quais seriam meus dons do que sair da casa, uma vez que essa saída parecia ter se tornado bem garantida.

Ah. Ia quase esquecendo do detalhe do nome dela.

Não sei em que momento começo a chamá-la pelo nome. Aliás talvez seja antes mesmo de vê-la, ainda descendo a escada. Sei o nome dela com 100% de precisão.

É Heffie.

 IMAGE CREDITS MARYNA LINCHUK | WE ARE SO DOREE

 28 março 2020

Naquele estado entre dormindo e acordada,comecei a recapitular as atividades do dia e pensei assim:

– Blá blá blá a Energia Feminina.Energia Feminina.E.F.Heffie!!!!

Na verdade no sonho não lembro se tinha isso dos 2 f.

 

 

 

 

HEFFIE

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