{3 de junho de 2019}
O mais absurdo é que eu acordo achando normal, tipo, ah, esse nem precisa anotar, meio dispensável.
Só tem coisa forte fora o fato do forecast do LK estar falando justamente de uma “mudanca de script” ou rewriting of your history em relação a lua nova em gêmeos hoje.
Vamos lá.
Já de cara isso: sou um uma dualidade, tipo dois que são um, como na santíssima trindade. Eu sou:
1) homem
2) vampiro!!!
Uso uma roupa mais de vampiro toda preta e ao meu lado está outro homem vampiro que sua uma roupa social bem típica de escritório, camisa social se não me engano talvez rosa e calça com cinto e sapato. Esse homem parece ser ligeiramente mais novo que eu e mais frágil. Eu o protejo. E ele é vampiro também.
Jesus, o que poderia ser maaaaais bizarro?
Desde o primeiro instante tenho consciência de que esse meu companheiro é eu.
Nenhuma dúvida ou conflito a respeito. No sonho penso rapidamente (pois estou tomada por outra coisas) que isso teria a ver com esse meu hábito meio recente de conversar comigo mesma, coisa que fiz muito durante a edição do filme pois clareia muito as idéias e organiza a mente numa atividade que fica bem confusa ou pode ficar, a edição e organização das cenas.
Penso no sonho: é por causa das conversas comigo mesma. Ok, sem problemas.
Não chego a ficar chateada com o fato de ambos sermos homens apenas por que estamos ou estou muito bem. Isso surge estranhamente simbolizado nisso de sermos vampiros. Por sermos vampiros somos mais fortes que o normal, não temos que ter medo de nada, nada ameaça vampiros e dessa forma me sinto muito bem. Não tem nada no sentido de ser mau ou destrutivo. Sim,sugamos sangue, mas não me sinto má/mau nem perverso.
Escutando agora o forecast do LK desejei que justamente a mudança fosse nesse sentido de deixar de ser masculina, ainda mais que o sonho segue rumo a isso, uma mudança. Mas seguindo em frente.
Estou com esse meu colega de quem gosto muito e em relação a quem me sinto um pouco protetora. A gente-eu estavamos indo e na verdade eu fui meio na onda dele, que queria ir por ali, mas sendo a parte mais experiente e madura já sabia que o risco de dar errado era bem grande pois estavamos indo por umas vias da periferia na qual era quase impossível não se perder.
Já tentei descrever esse lugar que é um cenário recorrente em sonhos mas beira o real. Se eu bobear acho que existe na vida “ real ”. Tenho que ficar pensando muito para perceber que não existe. É o tal bairro de periferia onde dá para se perder rapidamente. Tem umas versões dele em que aparece como um morrão cheio de casinhas miúdas e ruinhas pirambentas e outras nos quais vira um lugar ermo rural com casas muito espaçadas. Será que é inspirado em Cotia?
Mas enfim. Meu colega quis tentar mais uma vez ir por ruas que iam nessa direção achando que dessa vez a gente conseguiria acertar o caminho, mas mais uma vez, como eu previa, em segundos nos encontramos totalmente perdidos nessa parte erma rural com casas espaçadas.
A única diferença é que devido ao fato de sermos vampiros, primeiro não temos cansaço físico, pois meio que nos deslocamos flutuando pelo chão, numa espécie de vôo baixo e em segundo lugar não temos medo nenhum, pois nada nos ameaça, nós somos a ameaça.
Outra coisa muito significativa é que eu estou ligada/o ao meu colega por um cordão. Tipo um cordão umbilical mesmo, mas de energia. Não existe o risco de nos separarmos.
Então ficamos um tempo flutuando por ruas de terra em ladeira em meio ao breu total, coisa que só não mete medo pelo fato se sermos vampiros.
Já vi que deu errado como sempre e o jeito é tentar voltar.
Vamos até a parte do povoado desse lugar e começamos a tentar achar um metrô.
Meu plano é voltar de metrô. Acho que até tem umas cenas nas quais estamos nesse metrô, tem um lance do metrô estar interditado em alguns pontos e eu ali tentando resolver maaaaais esse impedimento além do fato de ter que nos localizar, etc.
Perguntamos a algumas pessoas informações até que uma garota fala assim:
– Porquê não voltam de carretô?
Era carretô terminando em ô, como metrô e não carreto.
– Vai ficar uns 400 reais,ela diz.
Ali na lógica do sonho essa quantia alta para voltar para casa valia super a pena.
Digo então ao meu colega:
– Vamos voltar de carretô.
Pronto, um problema a menos.
Saímos então a procura desse carretô, que no sonho seria uma van ou perua.
Começo então a me preocupar com meu colega, não sei direito o motivo agora.
Algo nele me preocupa e chego a pensar em perguntar para ele se ele estaria com fome e caso estivesse, seria caso de matar alguém discretamente para nos alimentarmos.
Mas então outras cenas começam a se interpor.
Primeiro me encontro sentada num banco que parece ser de um veículo ao lado do meu pai e essa história de ser vampiro e ter uma outra metade não existe mais.
Estou ali com meu pai, temos no colo, pois seria em ambos os colos, meu e dele, um enorme livro aberto e tem uma outra garota que vem nos chamar. Estamos ali aguardando algo remotamente ligado a transporte ou táxi.
Essa situação, a mais fantástica do sonho, ficou mesmo muito embolada e será difícil descrever. Ali com meu pai, aguardamos algo ligado ao procedimento de voltar para casa. Esse algo que aguardamos tem a ver com a organização dos táxis ali que está sendo conduzida por uma garota e mais algumas. Seria como se ela coordenasse um negócios de táxis, mas quando ela vem falar comigo, me chama para a frente de uma lojinha que logo vira uma sala de aula aberta ao ar livre com uma lousa e começa a me falar do brinde a que eu tenho direito. Até que é bem isso e estou me tornando melhor em registrar essas incoerências surreais de sonho.
Tenho direito a um brinde, ela me diz com grande animação.
Não estou super interessada no brinde mas recebo com gentileza.
E aqui vem essa bombástica cena.
O brinde é uma camiseta mas isso começa a se multifacetar em diversas coisas.
A partir do momento em que fica configurado que o brinde é uma camiseta, uma outra garota, garota mesmo, menos de 20 anos, que está mais perto do tal quadro negro ou lousa escolar ali na frente dessa loja e que talvez até tenha na mão uma dessas hastes apontadoras de professor, fala com grande ênfase:
– Você aceitaria uma nova encarnacão sendo…
Existe um leve tom não diria de ameaça, mas de temeridade na voz dela, mesmo sendo ela uma figura claramente benéfica. A frase não se completa, justamente o ponto é se eu hipoteticamente, pois não se configura como uma proposta real, teria coragem de aceitar uma nova reecarnacão às escuras, sem saber no que estava se metendo.
Segundos antes ou ao mesmo tempo que ela diz isso, eu vejo e tenho consciência da longa história de uma moça loira jovem e bonita que me parte lembra minha mãe e que…
Bem assim mesmo. Entra essa personagem na história e ao mesmo tempo de forma vaga acho que a mesma garota menciona ou eu é que penso algo sobre essa moça se encontrar presa na roda da reencarnação.
É confuso assim mesmo. Mas na hora que penso isso, vejo mesmo uma imagem dessa moça presa numa roda vertical tipo uma roda de tortura. Mas ela não está sofrendo torturas físicas. Apenas fica presa nessa roda e como se passa na vida, vai passando por experiências desagradáveis das quais não tem escapatória pois justamente ela está presa na roda da reencarnação, que a princípio não parece nada demais, afinal a vida aqui na Terra parece super legal no começo mas depois se revela algo que só causa desgaste e aborrecimento e essa era a situação da moça loira que só desejava se ver livre da roda.
E pensando bem é significativo que ao mesmo tempo em que a situação dessa moça que tinha total consciência de que a roda da reencarnação era algo do qual a pessoas só deveria querer se livrar me fosse oferecida, com um certo desafio, a possibilidade de uma nova encarnação ainda mais às escuras, como se a intenção fosse me dizer:
– Bom, depois de tudo o que você já percebeu sobre essa encrenca da reencarnação, ainda se meteria numa nova encarnação que você nem sabe qual seria?
Tudo isso é delineado em segundos. E em segundos eu digo:
– Sim!
E antes mesmo que a menina termine a explicação que já sei qual seria, eu aponto a pilha de camisetas desenhada na lousa muito direitinho mostrando os possíveis modelos de camiseta de brinde, uns 5 se não me engano e digo com firmeza:
– Quero a segunda.
Essa foi a cena.
Ao mesmo tempo que a garota mencionava isso de aceitar às cegas uma nova encarnação, surgia no quadro negro esse desenho de uma pilha vertical de 5 tipos de camiseta e ficava estabelecido que cada camiseta seria uma encarnação possível e ao escolher uma camiseta, a camisera brinde, eu estaria escolhendo também essa nova encarnação que a garota vinha de forma ambígua me oferecer, pois agora escrevendo não sei dizer se o inteligente seria justamente recusar, uma vez que estava bem claro que a roda da encarnação nada trazia de bom nunca.
Mas eu, naquele mesmo espírio de aceitar e deixar as preocupações para depois, como no sonho
O implante dinossáurico
Eu sei que serei capaz de dar conta, só que está me parecendo que será algo mais difícil e sofrido do que eu imagino. Pensei uma hora em simplesmente fugir, mas não vou fazer isso. Aquilo está acontecendo dentro de um contexto de trabalho, de algo que eu quero, e o que vão fazer comigo não é nada de cruel ou desumano, só algo mais pesado do que eu calculava, porque na verdade nem estava calculando nada, só agora parei para pensar sobre o que terei que passar, esse é o ponto. Não estava nem pensando, simplesmente topei.
E alias essa pilha de camisetas me lembra um sonho que nunca entendi, o da pilha de pulovinhos.
Mas seguindo:
Eu imediatamente topo e escolho já a segunda camiseta, que ao que me parece era meio rosa.
A primeira garota, a que tinha ido me chamar, imediatamente pega esse modelo de camiseta, me dá e pede que eu experimente no provador.
Meu pai permance aguardando que todo esse procedimento se encerre para enfim nos liberarmos um táxi para irmos para casa. Seria como se a cena anterior de eu e meu colega vampiro perdidos nesse canto remoto querendo voltar para casa tivesse virado essa situação com meu pai. Estamos todos cansados e loucos para voltar para casa. Até então tinhamos estado na dependência da organização das tais garotas, mas a partir dali, a coisa vai se delongando por minha culpa ou melhor, por minha total falta de pressa.
Entro no provador com a camiseta e não tenho certeza se já a coloco e … ah ….
Tendo escolhido o modelo em segundos, fico bem mais insegura em relação ao tamanho e na hora que a garota abre uma camiseta tamanho médio e me mostra segurando ela estendida com as duas mãos, ela me parece do meu tamanho e eu levo a tamanho médio para o provador. Mas no que provo, está larga. Um ótimo símbolo se for pensar. Achava que a P ia ficar pequena mas errei, meu tamanho é P mesmo.
Mas aqui o que me parece é que ao invés de pedir logo o tamanho P, ou melhor, pedir para o João menino que então está com meu pai, os dois na dependência de que eu resolva ali o lance da camiseta para irmos, para ele pedir para a garota o tamanho P, ao invés disso eu me deixo ficar junto a janela comendo acho que abóbora cozida de um potinho de louça e observando a seguinte mega impressionante cena que também é reedição de uma anterior em outro sonho.
Esse local onde estamos, o tal rural onde sempre caímos quando nos perdemos, tem um vasto rio passando atrás. De onde estou, um ponto meio elevado, observo esse rio. Há ao redor e acho que até dentro dele uns operários pois estava havendo construções que exigiam mudanças no rio. Haviam realizado recentemente uma grande explosão em função dessas construções e no que olho o rio vejo a água parcialmente obstruída por detritos em alguns pontos, não sujeira exatamente, coisas de rio, e não verdade não obstruída, a transparência da água apenas obstruída e em outros pontos água bem transparente. Logo na parte mais na minha frente uma grande parte transparente se formou. Vejo passando por ela cardumes em profusão e o seguinte pensamento me passa pela cabeça.
Que devido à explosão com certeza enormes seres marinhos seriam liberados de suas profundidades. Não como se estivesse presos, mas estavam ali nas profundezas e com a explosão tudo é revirado e seria provável que esses seres, que caso contrário permaneceriam nas profundezas e não seriam vistos, fossem levados a mudar de rota e passar ali por essa parte do rio.
Tenho certeza disso e aguardo então ver esses seres tendo consciência de ser algo que sempre me assustou, grande seres marinhos, mas… não estou com medo.
Como uma reminiscência da minha personalidade vampira da versão inicial do sonho, ou da talvez primeira encarnação do sonho, pois seria bem o que era, como se essa segunda parte com meu pai fosse uma reedição da parte anterior com meu colega tivesse deixado em mim os traços daquela tranquila coragem do vampiro que vem do fato de sentir que está acima das ameaças normais.
Não sinto mais medo. Apenas observo ali a brecha aguardando ver surgir ali o tal gigantesco ser marinho impressionante e de fato surge e é…. uma enorme tartaruga.
Uma colossal tartaruga marinha, que vejo nitidamente ainda que encoberta por ramos e folhas ali na água.
Ela nada pelo rio e cruza minha vista.
Colossal mesmo, tipo uns 10 metros. O equivalente ao místico tubarão que tanto me aterrorizou mas uma tartaruga, um bicho aparentemente inofesivo e lembro agora de um sonho no qual encontrava numa espécie de lago subterrâneo uma colossal tartaruga cega, atormentada por sua cegueira.
Essa tartaruga não está cega.
Tenho visto isso é que me dou conta da minha falta de pressa.
Meu pai e meu irmão se encontram ali fora pacientemente a minha espera, crentes de que estaria indo o mais depressa que poderia sendo que não poderia ser menos verdade já que me distraí ali com a visão do rio e com a abóbora que estou comendo.
Resolvo então chamar meu irmão e pedir para ele pedir para a garota o tamanho P quase já me sentindo culpada por esses preciosismos numa camiseta que ganhei de brinde, mas isso sim importa e mesmo que tenha perdido um tempão com coisas a princípio não relevantes como a abóbora e a tartaruga, ir com a camiseta do meu tamanho ainda importava, mesmo sabendo que meu irmão está cansado, meu pai mais ainda e que anoitece.
A nova encarnação
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