{21 de fevereiro de 2016}
Céus,céus.
Nem sei chutar.
Estou numa pequena sala de aula de balé, que lembra a pequena sala de aula onde fazia flamenco com a Renata, na aula dada pela Fernanda.
Eu e mais umas 4 moças estamos em fila diante o espelho. Nessa mesma fila está a professora, pulando uma menina a minha direita.
Estamos todas de ponta.
A professora acaba de explicar que, ao fazer o passo no qual ficamos nas duas pontas fazendo “ titi ”, não lembro se existe um nome para esse passo. É aquilo que as bailarinas fazem de ficar andando na ponta, paradas ou se deslocando, dando minúsculos passinhos nas pontas. Engraçado porquê quase achei que fosse o que eu fazia no violinista, mas não é .
Lá eu andava mesmo.
Aqui não, era parado no lugar.
A professora fala de como se deve manter o abdômen.
Seria como se a gente já tivesse feito um pouco e ela tivesse visto e dito:
– O abdômen não pode ficar assim como vocês estão fazendo, tem que ficar assim.
E mostra.
Eu entendo mais ou menos. Quero entender melhor.
Penso em pedir a ela para imitar como estamos fazendo, porquê muitas vezes essa é a melhor maneira para perceber o erro, pois se ela mostra o certo apenas, muitas vezes a gente olha e parece que é exatamente aquilo que se está fazendo.
Apesar de ter essa clara intenção, na hora que vou falar com ela fico um pouco com vergonha, como se fosse uma coisa muito fora das regras e acabo dizendo:
– Qual seria a forma errada?
Mais ou menos o que eu pretendia dizer, mas o que eu pretendia seria mais preciso, tipo, qual o errado que nós estamos fazendo?
Fico com receio que a pergunta vaga leve a professora a dar uma resposta vaga que não resolve muito, mas para minha surpresa ela capta perfeitamente o que quero dizer.
Então ela curva um pouco a coluna, de modo que um sulco de forma na região entre a base das costelas. Ela faz o movimento com as pontas e diz:
– O errado é quando forma esse sulco aqui. Não pode formar sulco, essa região tem que ficar sem sulco nenhum.
Começamos todas então a praticar. Eu me esforço para manter toda a concentração nessa parte, coisa que é necessária para conseguir isso de “ não criar sulco ”.
É bem difícil e penso:
– Bom, essa parte do abdômem minha é bem fraca mesmo, tanto que tem aquelas flacidezes.
E isso encerra o sonho.
Só que o louco é que na real, a parte do meu abdômen que tem isso que chamei de “flacidezes” não é ali entre o fim das costelas, e sim mais para baixo, ao redor do umbigo.
No sonho chego até a enxergar, ou ver mentalmente, as flacidezes na parte superior do abdômen, mas na vida real, vejo elas ao redor do umbigo, inclusive vi ontem mesmo e pensei: meu abdômen está beeeeeem melhor,mas essas flacidezes malditas permanecem ali, que coisa.
Então esse sonho tem uma resposta, ainda mais que minha auto previsão é que iria encontrar o homem da minha vida quando meu abdômen estivesse bonito.
Mas qual é essa resposta????
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