{acho que 2024}
Era a praia onde a Dix estava. Acredito ser a Dix a representação de uma parte minha, só não sei qual. O sonho, que a primeira vista pode passar por rotineiro, teve uma sucessão de simbolos delicadamente bons. Estou em uma praia com minha família. A praia seria essa tradicional " praia da cidade", aquelas praias que sempre tem na própria cidade litorânea e que de geral não são nem as mais bonitas e muito menos as mais lipas, tipo a Praia Grande de Santos. Mas essa tal aqui era bem ok. Era plana, bonita e limpa. Estava um dia ensolarado e azul. Eu já estava na praia, veja bem. Esse é o primeiro símbolo positivo. Já estou lá e está até bom. Tem algo que só quero arredondar o significado, mas seria como se eu tivesse tido, até então, um enorme trabalho em prol daquelas pessoas. Eu havia meio que me dedicado a aquelas pessoas. Nada no sentido ruim. Algo meio que voluntário, sejam as motivações válidas ou não. Mas o fato é que, ali pelo meio da tarde, tipo perto das três da tarde, eu me sinto liberada para fazer o que realmente queria fazer, que era... ir na praia em que a Dix estava. A Dix havia alugado um quarto numa casa em uma prainha anexa a essa praia em que estávamos. O acesso não era nada de mais, na verdade bastava caminhar alu pela orla dessa praia maior e atravessar uma aguinha que chegava na prainha, tipo Camboriú e Camburizinho. Mas a prainha era muito mais linda e mágica. E a Dix estava meio que morando ali de forma permanente. Então eu falo para minha mãe que vou lá e de certa forma tenho o aval dela. Eu já havia ido até lá algumas vezes e ficado um pouco com a Dix. Mas agora quase que pensava num esquema de ficar lá de forma permanente. Parece que a própria Dix fazia uns bate e volta para São Paulo. Será que ela me sublocaria o quarto dela? Ou eu mesma poderia alugar um quarto que nem ela fez, mas devia ser caro, pendo. De qualquer forma, mesmo com essas dúvidas, no final do sonho estou a caminho pessa prainha.
IMAGE CREDITS SIMON UPTON | ROSE FREEMANTLE | ELLE AUSTRALIA FEBRUARY 2018