{{19 de novembro de 2023}
O sonho em si já é bem extenso e as coisas agregadas que pensei a respeito também, então vou priorizar o sonho.
Havia uma figura masculina que apesar de não ter uma aparência física super configurada, remetia à vibe do Adriano um pouco.
Essa figura havia me contratado profissionalmente para dar acessoria para ele numa coisa que ficava super confusa e embolada. Seria ou um projeto que ele estaria fazendo ou num outro momento penso nisso como se eu fosse psicóloga dele.
Mas no primeiro momento a situação em pauta seria de cara assim, e é nisso que o sonho abre.
Eu estou num clube. Fui lá para conhecer esse clube, pois como forma de pagamento para essa minha acessoria, o tal homem tinha me oferecido título desse clube. Outro dia tinha no insta o anúncio do Ecovila com “poucos títulos disponíveis”. Esse clube era algo muito especial, não um clube normal, nem mesmo um clube de elite, ele era uma espécie de clube que desse jeito só existia ele. Tanto que o oferecimento do título como pagamento era algo super de valor.
Então já estou no clube como visitante, para ver antes de fechar negócio, da mesma forma que iria conhecer um imóvel antes de fechar negócio.
Não acordei bem desse sonho e até fiquei com uma fantasia dark que um dia eu seria abduzida para meus sonhos, de tanto que são mais intensos e magnéticos que minha vida acordada.
Mas o que me chamou a atenção nesse sonho era que apesar de símbolos claramente positivos, mais que positivos até, havia uma sensação de solidão que permeava tudo.
Então estou ali sozinha para conhecer o clube o qual frequentarei sozinha e essa solidão com clubes é o que tenho.
Estou numa parte de salas olhando pela janela pois é ali que entramos para depois ir para as outras las do clube.
O clube é tudo de bom.
O que mais me atrai é um enorme parque meio bosque, mais para bosque mesmo, muito maior que o Parque Augusta, e estou querendo ir lá, mas na hora que olho pela janela e em seguida saio para a parte contígua a essas salas, tem um complexo de piscinas muito lindo que também me chama a atenção.
Tem umas partes que embolou um pouco a sequência.
Mas acho que apesar de atraida pelas piscinas, resolvo ir mesmo no parque, ainda mais por que não iria dar tempo de fazer tudo, e o parque era maior e exigia tempo e energia.
Até aqui não fica muito colocado em coisas concretas o que fazia esse clube ser algo muito único, mesmo que isso estivesse estabelecido desde o início.
Mas quando estou diante da entrada do parque isso se configura um pouco mais.
Tem uma enorme coisa com portas de vidro ali, como um estande de exposição, e a pessoa abre a porta e pode pegar uns conjuntos de tupwares de vidro para colocar suas comidas para lanchar no parque.
Tive aquele belo sonho no qual depoisdeumacoisamuitoruimbemalhomuitobom e eu tinha acesso a um parque e me perguntava se teria comida no parque, um claro símbolo de eu poder viver em “estado de parque”. Aqui, numa intrigante simbologia, o clube não chega a disponibilizar comida, mas esses lindos e limpíssimo conjuntos de tupware com tampa vermelha são algo que me fazem pensar tipo “tá vendo, esse clube é especial só para pessoas especiais mesmo” pois num letreiro se dizia que era para a pessoa pegar o que quisesse e depois devolver lavado.
E ali estavam os tupwares limpíssimos e intactos, demonstrando que as pessoas desse clube faziam mesmo isso.
A parte de eu passeando no bosque, coisa que fantasio bastante durante o sonho, chegando a ter medo de me perder ali mas sossegada pelo fato de estar num clube tão bem organizado que com certeza deveria ter um bom procedimento de resgate de perdidos, a coisa muda bruscamente para outra situação, que se torna o ponto do sonho.
Estou fora então do clube, ali nas dependências de onde trabalho, lidando com a tal figura masculina e sua noiva, estando os três sentados em cadeiras falando a respeito do tal meu trabalho quando de repente é que me dou conta de algo que desde o começo já estava claro mas eu não tinha dado importância, devido ao fato de toda, toda minha atenção estar nesse clube.
O que o tal homem havia me contratado para fazer era perfeitamente dentro da lei e correto moralmente. Mas… eu estava ao par de que o meu trabalho era um dos passos que esse homem teria que dar no seu plano de assassinar a tal noiva.
A noiva, uma moça cabeluda de ar evangélico, claramente ótima pessoa, sempre sorrindo, tinha posses.
O homem havia então elaborado um plano que nessas coisas ilógicas de sonho, tinha por único objetivo lhe conseguir a posse justamente do que ele havia me oferecido como pagamento: o título desse clube especial.
No caso do homem isso dependia únicamente de dinheiro.
O homem então havia pedido a evangélica em casamento, e ela tendo aceito, ele havia pedido para ela dinheiro para comprar o anel de brilhante, pois ele era pobre, ela havia fornecido, ele pretendia com esse dinheiro comprar seu título do clube e depois assassiná-la, pois não queria fica casado.
Estou ali na cadeira de plástico dessa sala meio deprimente, tendo nas mãos o encadernado de desenhos que o homem havia me dado, tendo sido feito por ele, algo de folhas meio azuladas com lindos e atraentes desenho, mega hiper remetendo ao meu projeto atual do A Ancoressa, que está tomando cada vez mais vulto e ontem teve uma evolucão significativa, pois comecei a fazer ele dentro dessa energia que denominei de Calíope, por causa do que a ShoShanna contou do episódio do Sandman no qual a Musa da Criatividade é aprisionada e violentada e obrigada a produzir em condições de escrava e eu já tinha percebido que era assim que eu tratava minha energia criativa até mesmo sendo esses sonhos do homem agressivo sexualmente me parecendo símbolo disso e ontem, apenas ontem, consegui estruturar dentro de mim uma forma de me relacionar com a energia criativa como faço na BBBS do Pavão ou aprendi a fazer no TES.
E isso foi tão importante e significativo que o sonho é sobre isso, acredito.
Uma das dificuldade em relação ao universo dos sonhos é que não tenho, ou raríssimas vezes tenho como provar que o sonho é sobre o que me parece que seja.
Mas esse caderno era muito A Ancoressa.
Estou com ele no colo, me sentindo muito atraída por ele e empolgada com a possibilidade de trabalhar no projeto e nesse momento a minha parte seria meio que revisão ali dos desenhos, quando essa sucessão de percepções internas vem como desabamento sobre minhas empolgações,
Como assim, eu estava achando que não fazia mal fazer o trabalho que iria ser parte de um plano para matar alguém, já que eu mesma não estaria matando nem fazendo nada de ilícito? Mas se eu estava ao par do plano de assassinato, concordar em fazer aquele trabalho praticamente me tornava cúmplice, algo punível inclusive pela Lei.
Nem era a Lei dos Homens a que mais me importava no momento, tanto que se fosse, eu seguiria em frente pois a chance de não ser descoberta era bem maior do que o contrário, mas era a Lei de Deus, ou seja, a moral.
Era moralmente errado, eu penso, com uma dura frieza.
Tenho que recusar. Tenho que abrir mão desse projeto que gosto e do clube especial.
Não vejo outra alternativa possível.
É nesse instante que a minha participação passa a ser como se eu fosse psicóloga do tal homem e devesse dar apoio e conselhos enquanto ele passava por essa “fase difícil” de executar seu plano de assassinato.
Não conseguindo ver outra solução possível a não ser abrir mão de tudo, é o que decido fazer e acaba aí essa primeira parte do sonho.
Não lembro em que momento acordei, foi uma noite tão pesada, como se tivesse tomado remédio, e nem tomei, que não lembro se acordei e fui no banheiro ou se pus mais uns minutos para dormir. Me parece que todo essa saga foi depois que o sol já tinha levantado.
Mas nos poucos minutos acordada recapitulei o sonho, me espantei com a simbologia e me arrependi.
Já de cara e minha mente é tão rápida que tenho que ir correndo atrás, associei tudo ao livro, que adoro fazer e parece tão inútil que me sinto num clube de privilegiados mesmo e pensei:
Então o livro é mau e tenho que abrir mão dele.
Mas então reconsiderei. Muitas vezes os sonhos mostram algo que a mente considera “errado” como sendo algo associado a crimes e assassinatos, e o que poderia ser mais errado para minha educação católica do que algo que adoro fazer mas que parece inútil?
Pensei nessas coisas, dormi e me vi de volta ao sonho.
Então assim.
Numa rara sintonia entre a vida acordada e a dos sonhos, que levaria muita gente a ver nisso prova de que os sonhos nada mais são mais do que uma espécie de fantasia, mas em mais de 2000 sonhos registrados acho que não tem nem meia dúzia de vezes que possa dizer que isso tenha ocorrido, eu sonhar alinhado com meu desejo acordado, ou até mesmo com minha percepção acordada, e os sonhos estão aí para provar que muitas vezes ou até nas grandíssima maioria esmagadora das vezes o que sonho não tem nada a ver com nada de bom nem de ruim que domina minha mente acordada, naquele momento o sonho retoma da seguinte maneira.
Estou no meu carro indo de volta ao clube, onde pretendo completar minha aquisição do título. Havia pensado no seguinte plano. Eu iria aceitar o trabalho, pegar o pagamento do título do clube, que era fornecido sob a forma dos formulários exclusivos de inscrição, que eram fornecidos apenas aos que já tinham uma semi permissão de obter o título e ou iria nem entregar o trabalho, uma vez que o fato do meu cliente ser um assassino me desobrigava, ou iria entregar algo que não serviria para ele dar andamento ao seu plano de matar a noiva. Nem estava me preocupando mais com isso.
Na parte anterior do sonho eu havia até pensado se não teria obrigação de procurar a polícia e contar sobre o plano. Nessa segunda parte, já com outra mentalidade, concluía que conforme tinha visto em diversos filmes, todas vez que a pessoa procura a polícia com base em suspeitas, os policiais dizem que não podem prender ninguém antes que algum crime fosse cometido de fato, então desencano disso.
Toda minha preocupação está agora no seguinte ponto:
Havia algo mencionado no formulário e mesmo pelo tal homem que eu não havia entendido direito, a respeito de “pontos”. Como pontos de milhas.
Tudo o que eu tinha a fazer para obter meu título do clube era preencher esse formulário? Essa a dúvida. Eu tinha que comprar pontos? O que eram os tais “pontos” mencionados no formulário e pelo tal homem?
Eu pretendia esclarecer essa dúvida final direto no clube.
Aqui acontece algo muito símbolo.
Estou dirigindo meio de noite, cansada e me distraio pensando nessas coisas e quando volto a ficar atenta, passei a rua onde deveria virar, como em tantos sonhos.
Foi só um quarteirão, penso, e procuro a primeira entrada a direita para virar e voltar.
A primeira travessa a direita é contramão.
Então penso assim: pronto, ferrou tudo. Vai virar mais um daqueles sonhos em que de noite no meu carro vou me perdendo cada vez mais e fico cada vez mais cansada para conseguir corrigir a rota.
Só por pura teimosia sigo em frente pois por dentro dou tudo por perdido.
E… como sempre acontece até mesmo em sonhos quando se faz a coisa acertada, praticamente o carro me leva sozinho até o clube.
A próxima travessa, ao contrário das minhas previsões derrotistas, é mão, e quando entro na via, não vejo nada que possa localizar o clube e mais uma vez dou tudo por perdido e mais uma vez sigo em frente por teimosia e no quarteirão seguinte me vejo numa entrada meio que lateral do clube que até perco uma entrada de estacionamento e mais uma vez quando me parece que errei e estou até disposta a dar outra volta no quarteirão para entrar no estacionamento, a entrada do clube, que é logo em seguida a essa abertura do estacionamento e lembra a disposição da saída dos fundos da Hebraica, tem umas vagas para largar o carro e eu embico numa delas. Mais fácil impossível.
Então desço do carro e tem uma coisa enrolada aqui.
Essa entrada tem mesmo o tamanho da saída dos fundos da Hebraica. Sentada numa mesinha com cara de carteira escolar, está uma linda moça que seria a porteira.
Tem uma pequena fila de pessoas ali para passar por ela e entrar.
Pelas barras que dividem essa parte com o interior do clube, posso ver as piscinas. Na verdade nem são barras mesmo, são uns arbustos, algo que se eu quisesse podia entrar direto, mas justamente, ninguém faz coisas erradas nesse clube e eu quero fazer tudo direito.
Não tenho certeza da sequência, mas acho que é assim.
No que saio do carro, fico distraída pelas piscinas e como já tinha notado a pequena fila ali para entrar, tenho tempo.
Há uns homens de terno molhando com esguicho as crianças. Tenho tanta vontade de sentir a água no meu corpo que até isso eu gostaria.
Acho que é então que percebo que tenho que levar os formulários ali para a moça para perguntar minha dúvida ou…
Na verdade não. Estou lembrando melhor.
Eu saio do carro, vou até a moça e quando chega minha vez pergunto:
– Então, queria saber. É necessário que eu compre pontos para ter meu título do clube?
Realmente essa parte ficou meio confusa então vou relatar como acho que foi.
A moça, que tem cabelo chanel preto e é linda e se veste como modelo, responde algo que sou incapaz de entender.
Para minha supresa respondo candidamente:
–Não entendi nada. Espera.
Volto então ao carro para pegar o formulário.
Penso que o mais prático é ir no passo a passo e o primeiro passo seria preencher o formulário mesmo, então vou fazer isso e ver se ela pede outras coisas.
É então que reparo nos homens com esguichos.
Quando olho para onde o carro deveria estar, e tudo isso se passa numa extensão de uns 10 metros apenas, o carro, as piscinas e a mesinha com a moça, o carro sumiu.
Tenho certeza de que está sim, ali, apenas se tornou invisível.
Num esforço de auto controle, abro a porta que não enxergo e de dentro do nada tiro minha bolsa com os formulários.
– Tá vendo, penso, está aqui sim mesmo que eu não esteja momentaneamente vendo,.
Me sinto mais confiante e sou capaz de tirar de dentro desse “nada” a chave da kitnet e essa chave na minha mão tem grande força no sonho. Algo bom. Aquela chave super real nas minha mãos.
Então retorno a mesinha para falar com a moça.
Mostro o formulário que ainda está por preencher e péra.
Acho que é assim:
A moça está olhando para o interior do clube com ar perdido.
Como se estivesse dando sequência a nossa conversa, diz:
– Eu teria que ir lá para levar a saia, tirar, mostrar para a costureira…
Tem o ar desanimado.
Pergunto:
– Isso é sobre o meu assunto ou o seu?
Pois eu já tinha entreouvido ela comentando com outras pessoas ali sobre uma dificuldade a respeito da sua saia, que era uma mini sem nenhum problema a meu ver.
– O meu, ela responde.
Esqueci de dizer que apesar de muito bonita e porteira desse clube especial, não se poderia dizer que a moça fosse simpática. Ela era meio esnobe. Aliás outro detalhe. Ela era antipática comigo. Tinha visto ela até simpátia atendendo os outro na minha frente e quando me vê sua expressão se torna antipática.
– Só tem um motivo que mulher faz isso. Quando acha a outra mais bonita.
Mas eu não via como poderia ser uma ameaça a uma moça que essa sim, parecia modelo.
Mas como sempre, sou a fonte de ajuda para a pessoa. Escuto ela comentar da saia e respondo:
– Olha, espera passar esse calor.
Até mesmo no sonho existe esse calor opressivo que tem feito e a parte dos esguichos tinha muito apelo por causa disso.
A moça me olha de outra forma.
Claro, tudo estava parecendo especialmente difícil por causa daquele calor insano.
Ela muda de expressão e começa a confidenciar coisas, dessa vez sobre sua bota, e ergue a perna para mostrar.
Tudo o que posso notar é o quanto a bota dela é linda, mesmo para padrões da vida acordada.
Seria uma bota over the knee, de um vinyl preto brilhante mas macio o suficiente para não ficar uma coisa dura ali ao redor da perna, e com uns recortes laterais tipo desses vestidos que tem aberturas laterais na cintura mas era na bota.
Lindíssima, fashion mas bonita de verdade e não esquisitosa.
Com um bom salto, mas não plataforma. Não gosto de plataforma.
Então volto a falar do formulário, acho que até pergunto de novo dos pontos, pois a moça dessa vez me olha desarmada e de forma mais humana, me diz:
– Sim, tem que ter pontos mas você pode usar os desenhos para conseguir pontos.
Aquilo esclarece um pouco.
Sim, eu tinha desenhos.
Corta direto então para assim: (e mais uma vez, não é certeza absoluta)
Eu estaria de volta a aquele lugar onde havia se passado a reunião com o Homem com plano de assassinato.
Tinha nas mãos uma folha A3 onde distraidamente tinha rabiscado um desenho que mostrava o abraço de um homem e uma mulher, mas só a parte das cabeças e eles se enroscam de um jeito que ficou muito gráfico e aquilo seria um raff para mim mas olhando percebo como saiu belo e penso:
– Vou deixar assim mesmo.
E esse já seria um desenho que poderia ser usado para conseguir os tais pontos mas nisso a coisa muda para haver um homem real.
Na verdade fica no limite entre ser um homem real e uma fantasia minha no sonho sobre isso. Mas quero ele.
Acho que acaba nisso.
Ah, tem mais uma coisa mega.
No que estou ali naqueles pensamentos todos, com o desenho na mão e o mais claro que fica é que esse desenho representaria um homem real, um homem que sei que existe e então não seria uma fantasia totalmente imaginária ali, eu tenho consciência de que se eu continuasse a gerir minha energia do jeito novo que venho gerindo, tendo os desenhos a ver com isso, pois é uma das formas de estar em contato com essa energia,
“ o homem seria praticamente sugado para mim”.
Seria uma atração magnética muito forte, quase que um vácuo que atrairia as partículas.
Que seja. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável.
IMAGE CREDITS MARC DE GROOT | NINUE SMIT | VOGUE NETHERLANDS 2015