{14 de setembro de 2024}
Bem singelo para um sonho de niver.
Estou no segundo andar de algo que seria, mas isso fica definido só meio que depois, uma novíssima e quase única modalidade de café que havia surgido.
Seria um café que servia café e coisas que toma com café mas era como que um atelier criativo onde as pessoas ficavam sentadas nas mesas fazendo atividades criativas espontaneamente, não seriam por exemplo, aulas.
Esse sonho, como já disse, não veio com a aura bombástica dos sonhos de niver mas reparando melhor, foi bem interessante e se eu não estivesse esgotada dessa busca obssessiva por fazer minhas coisas darem dinheiro até acharia que o sonho me sugere que faça isso, mas como pensei no parque agora há pouco: um dos sinais que a coisa vai encontrar seu rumo é quando eu fico esgotada e cheia de tentativas obssessivas e não quero mais tentar porcaria nenhuma. Foi assim com meus projetos de filme.
Pois estou ali com um grupo até que grandinho, de umas 7 ou 8 amigas, todas mulheres minhas amigas e minha mãe está também, de um jeito muito benéfico.
Seria como se ela tivesse levado a gente até aquele café e teria sido isso sim, pois numa hora ali chego a pensar de uma forma muito misturada com outros pensamentos que minha mãe tinha descoberto aquele café, que era bem dela, pois era novidadeira e é nesse momento que penso que o café era essa coisa super nova que acho que nem tinha igual e que era mega legal.
Estamos ali sentadas numa mesa retangular que lembra a mesa onde eu sentava com os sobrinhos para desenharmos e eu penso que minha mãe é que vai pagar a conta e que ela pode, mas isso me pesa um pouco mas enfim.
Essa é a situação inicial.
Não foi super nítido. Então no primeiro momento já tem isso das atividades criativas, eu ali com um grupo de amigas e minha mãe patrocinando, e esse café mega hiper legal e descolado e tudo de bom e então.
Não sei o que ocorre antes.
A minha esquerda, a mesmíssima mesmíssima figura que me apareceu no sonho “dê criatividade”. Uma garota muito parecida com a Ella e acredito ser por causa do nome, Ella, o nome mais feminino de todos.
Essa garota está a minha esquerda e olhando bem para mim, de modo claro e nítido me fala:
– Aproveite o momento.
E de uma forma não tão claramente verbal, que até não sei dizer se ter sido comunicado depois ou antes dessa frase, ela me diz que a minha atividade artística não é tão importante assim, mas não no sentido de desimportante, mais no sentido de eu não precisar me dedicar a ela como se tivesse prazo e cliente.
E de fato, eu olho para o desenho que estou fazendo, que curiosamente seria um sketch a traço de um plano médio de uma figura feminina com ênfase nesse região do pescoço que super é o que venho trabalhando no TE e eu penso:
– Não tenho prazo.
Aqui é louco pois mesmo não tendo essa coisa de idade em anos, tenho pensado um pouco que tenho pouco tempo para fazer as criações que desejo.
Mas enfim.
Na hora que a menina me diz isso, não sei se isso é dito antes ou depois da seguinte ocorrência mágica no sonho:
De repente nossa mesa está no balcão. O café tinha um balcão para a rua que parecia coisa francesa, era um lindíssimo balcão para uma rua linda que me faz pensar:
– É praticamente como estar no parque.
Reparando bem, que delicadíssima e sutil construção ou junção das duas coisas que amo e que são a minha “praia”: o parque e minhas atividades criativas.
Pois ali estavam ambas juntas.
Então eu desencano de realizar ali meu desenho como se tivesse cliente e até coloco ele de lado um pouco e alguém me passa um celular e me pede para tirar fotos, um pedido que eu não aceitaria antes da menina me tirar desse modo de funcionamento “prazo e cliente”.
Aqui é mais intrigante ainda.
Essa seria a única mesa no balcão e atrás dela, aliás super na mesma disposição do Brigadeiro onde filmamos o OS, mas não remete, inclusive entre o balcão e a parte onde estávamos antes tem uma porta balcão de vidro e a parte anterior diversas mesas e todas ocupadas, o café está bombando, e há uma figura masculina que no sonho tem muita lógica ser um homem vestido como o vovô mas não é ele.
Seria até bem mais jovem. Mas ele se veste de um jeito que o comentário geral sobre ele já tinha sido num momento anterior de reparar que ele parecia o meu avô. E esse homem se levanta e de um jeito simpático, vem para perto da nossa mesa e quer aparecer nas fotos eu eu estou batendo.
Eu já tinha começado a tirar fotos, na horizontal, com a mesma insegurança com que tiro fotos aqui em casa, pois não me acho boa fotógrafa e inclusive eu falo isso para o grupo, mas vou batendo e esse homem se ergue e se aproxima sorridente e se coloca junto, claramente querendo ser incluído e no sonho é super normal isso e eu passo a enquadrar ele nas fotos e de uma maneira difusa. No sonho eu sei que isso que dizer que, ao contrário de um sonho muito antigo no qual minha mãe dizia para mim e para meu irmão “seu avô não está contente com vocês”, que isso nesse sonho queria dizer que meu avô estava contente comigo, o que eu entendo da seguinte forma:
Meu avô, o sistema de crenças sobre dinheiro da minha mãe, agora numa nova versão, mas que mantinha a ligação com meu avô, de quem aliás gosto muito e de quem aliás adotei essa estrutura financeira de imóveis, agora aprovava, dava aval e gostava dessa situação de atividades criativas no café.
Sim, esse é o sonho do niver.
IMAGE CREDITS ERIC MICHAEL ROY | VOGUE PORTUGAL MAIO 2023