{acho que 28 de outubro de 2025}
Rezei de uma forma muito intensa para entender o que é essa praia que minha Alma tanto anseia e praticamente grita por isso nos meus sonhos again and again, eu não possa dizer que super saiba o que seria mas acho sim que se eu estivesse levando minha Alma na praia, não estaria tendo esse tipo de sonho.
Estou na praia. Simbologicamente não tem como isso já de cara não indicar progresso. Estou numa praia bonita, carregando algumas coisas, mas não aquela recorrente situação de estar carregando uma pilha insana de coisas. São coisas normais de levar na praia, basicamente uma sacola, que parece ser esse saco de cordinha com estampa de pavão, não a sacola que levo no parque, esse saco de cordinha que comprei na lojinha japonesa que comprei dentro do Copan, a mamãe estava junto. Seria isso um indicativo de que a praia é a Beleza Bela Belíssima do Pavão, como até acho? Mesmo estando na praia se passa algo muito significativo comigo. Enquanto ando na praia daquela etapa inicial de localizar o melhor lugar para montar minha base, minha cabeça está empenhadissima em achar uma solução prática para a seguinte questão; como ir na praia, já que não tenho carro. Algumas formações simbólica do sonhos até hoje eu não acho que saiba o significado, mas como não entender isso como sendo o sonho me dizendo que já estou na praia? Tento formular um plano que envolve a Pat, que mesmo não tendo carro me parece ser uma pessoa que não só toparia como é alguém com quem me sentiria muito segura pelo lado prático. Então por um momento isso cessa e mesmo sem me dar conta dessa grande revelação de já estar na praia, paro de planejar como ir na praia e começo a agir como se estivesse na praia, o que de fato estou.
– Como vou fazer para deixar minhas coisas para entrar na água se estou sozinha?
Passa a ser esse meu problema, e a não ser que se vá na praia com um grupo, esse problema sempre existe, mesmo quando se está com uma companhia.
– Não me importo, penso em resposta. Posso ficar na orla segurando minhas coisas, o mais perto da água que der, sem entrar. Isso já é bom o suficiente, pois estou na praia. E recapitulando esse é o único momento em que estou de fato aproveitando estar na praia, pois em seguida uma série de eventos começa a se interpor.
Começa que justo quando estou prestes a fazer isso de ficar sentada na orla, estou atrás de um grande toldo de uma família com toda cara de rica. Tem um desses toldos quadrados que parece coisa do império romano, super bem fincado no chão, com um monte de cordas, tudo branco, branco, até a família está toda de branco, parece comercial da Molico. A faixa de areia que fica atrás desse toldo ficou estreita, e eu tenho que passar meio que levantando as pernas para passar por cima daquele emaranhado de cordas que prende o toldo no chão, algo que deve ter sido feito com ajuda de criados, não foi o Rico Pai que fez isso. Não parece nada de tão difícil, mas vou pacientemente ultrapassando cordinha após cordinha branca, e uns 15 minutos disso depois ainda não avancei um metro, e ainda por cima o carro deles, branco e rico, está estacionado atrás do toldo e fecha o caminho também e tem uma cena que meio que embolou, pois eu encosto e meio que sento no capô do carro para fazer algo, isso sem pensar, mas logo penso comigo que daqui a pouco vão vir reclamar disso comigo, óbvio. Eu que não sou uma pessoa de carros, não entendo muito porquê achar ruim outra pessoa ou qualquer pessoa sentar no capô do seu carro, mas depois de várias vezes na vida acordada em que fiz isso e o dono do carro veio brigar, já aprendi.
E nisso outra cena tona o foco. Estou dentro de um ônibus o qual tomei por engano, num claro repeteco da situação no sonho em que de tão deprimida eu não descia do ônibus no qual rinha entrado para conversar com minha mãe e ele me leva para outra cidade. Quando percebo que estou num ônibus no qual entrei por engano e que está muito rapidamente me levando para longe da praia, simultaneamente percebo outras duas coisas. Que sentada ao meu lado esquerdo tem uma senhora de hijab e sentados no fundo do ônibus, que assim como uma van tem uma única fileira central de assentos, está o grupo de muslins que comanda o ônibus. Comanda mesmo. Essa semana na vida acordada foi a semana em que fiquei super preocupada, com razão, ainda acho, com o drex e o crédito social chinês, então esse símbolo do ônibus controlado por muslins parece bem claro. Torno a olhar para a mulher, entendendo por que ela estava de hijab, pois claramente não era mulçumana e ela me olha preocupada e faz uns sinais discretos no sentido de eu colocar um hijab antes que os muslins percebessem a infração. Fico um segundo em pânico e então lembro:
- Eu tenho um lenço! digo a ela em voz alta.
Tiro da sacola aquele lenço azul de flores brancas. A mulher olha e me diz:
- Não pode ser de seda!
Claro, penso, não poderia ser algo glamouroso.
Mas a cena não evoluiu. Na sequência estamos eu e a mulher ainda dentro do ônibus em movimento, mas ele está voltando para a praia e eu pergunto a mulher sobre o ponto onde eu quero descer, que nem nos ônibus quando a gente pedia para o motorista avisar quando estivesse chegando no ponto tal, ou às vezes pedia para o passageiro mesmo, e a forma como explico o ponto onde quero descer é assim:
- É aquela parte da praia onde a orla faz um quebradinho em forma de coração e porisso é chamado de coraçãozinho da praia.
Eu estou na praia. Agora só preciso saber onde fica o coraçãozinho dela.
IMAGE CREDITS VICOOLYA & SAIDA | ANGELINA USANOVA | VOGUE PORTUGAL JUNHO 2025