DESSA CASA VEM TUDO QUE EU PRECISO

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5min de leitura

{2 de novembro de 2017}

Esse sonho teve um clima muito especial apesar de não ser nada de mais.

Saio da minha casa para ir na sessão de terapia.

Aqui tenho que incluir uma coisa sobre a vida real que não posso deixar de mencionar por ser uma coincidência demais para ser coincidência.

Ontem fiquei assistindo aquele filme idiota sobre a moça muito chata que ia se consultar com um psicólogo e era frígida.

Ok,está registrado.

Mas seguindo.

Estou fazendo terapia com a Anna Verônica.

Tenho sessão, evanto e saio de casa, que não é nenhuma das da vida real.

Saio meio na pressa por achar que estou atrasada e com isso deixo o computador ligado.

Moro numa casa e não apartamento. Lembra um pouquinho a casa das costureiras ali na minha ex rua da Padre.

Minha casa é super pertinho da estação de metrô.

E uma das coisas mais fortes do sonho é justamente esse cenário, então vou descrever.

Logo em frente da minha casa tem uma praça com uma igreja antiga e a estação de metrô meio que faz parte dessa igreja ou então é super colada, na frente.

Isso tudo poderia remeter a igreja de Pinheiros e de fato é bem parecido, mas não é.

Não só pelo fato de não ter metrô ali mas por tudo ter um leve toque de estrangeiro. A igreja é muito mais bonita, de uma pedra escura.

Não chega a ficar configurado que aquilo é estrangeiro, mas tem algo.

No que estou ali na praça, que aliás é uma praça meio recorrente nos meus sonhos, tem um sonho com um lance de tanque de guerra que tem a mesma praça, percebo que não estou atrasada pelo contrário, estou adiantada umas 3 horas.

Não tenho certeza absoluta disso, mas parece que sim.

Tenho que checar relógios para conferir e parece que só tem um lá embaixo na estação de metrô e justamente a dúvida que me vem é se não valeria a pena voltar para casa e trabalhar mais um pouco, vou ficar fazendo o quê no consultório esperando 3 horas pela consulta?

Mas fica uma situação que tenho que descer até lá dentro do metrô para olhar o relógio e se andar tudo isso deixa de compensar tanto voltar para casa.

Outra coisa que pesa a favor de voltar para casa é que deixei o computador ligado. No mínimo teria tempo de voltar e desligar, não me atrasaria.

Mas o ponto interessante é que mesmo tendo tudo racionalmente a favor de voltar para casa, me pego andando em direção ao metrô e não fazendo nada disso.

Percebo que estou indo mesmo em direção ao consultório. Bom, já que é o que pareço desejar, vamos nessa, penso, mas começo a buscar uma maneira de aproveitar aquelas três horas excedentes.

Não lembro com super clareza, mas acho que ali na praça mesmo começo a ver e conversar com outras pessoas que estavam indo também para uma sessão de terapia com a Anna Verônica.

Não uma sessão em grupo, mas o grupo que ia no mesmo dia que eu e que eu conhecia um pouco.

Começamos a conversar e aquilo começa a ser uma ocupação, algo que preenche esse tempo extra.

No que vejo estou numa casa com eles.

Tudo bem, tenho tempo de sobra, penso.

Aqui fica picotado.

Tem uma hora vou me sentar numa mesa retangular de jantar de estilo bem clássico e tem um gato sentado na minha cadeira, a cadeira diante da qual deixei minhas coisas sobre a mesa.

Enxoto o gato mas tenho nojo de sentar na cadeira onde ele estava então vou pegar uma almofadinha que vejo ali e coloco na cadeira para sentar sobre ela.

Não é minha casa então não me importo com isso de ter um gato espalhando pelo e sabe-se lá mais o quê na casa.

E então esse mesmo gato retorna e assim como o cachorro do sonho 

QUERIA TANTO QUE MINHA CACHORRA VOLTASSE

começa a agir de uma forma supreendentemente humana.

Ele me traz na boca um brinquedo dele, algo assim,e com sons ou movimentos deixa claro o que ele pretende com aquilo.

Até aí cachorros trazem a bolinha para os donos, mas primeiro que gatos não agem assim e segundo que havia algo mais ali que não consigo detectar de onde viria.

O gato agia mais como uma criança bem pequena do que um gato.

Outro gato ali da casa está com ele e também me traz algo ou faz algo do mesmo nível e então eu ponho minha aversão por gatos ainda mais de uma casa que não é a minha de lado um pouco e falo com eles acho que:

– Nossa,mas vocês são inteligentes demais!

Acredito que tendo eles demonstrado essa capacidade quase humana de se comunicar, vão entender o que digo. Estou mesmo encarando os gatos de outra forma depois que eles demonstraram essas qualidades.

O lance dos gatos termina aí.

E então estou ali no jardim da casa com o grupo que parece querer de dirigir então à terapia.

E uma moça se sobressai na história.

É uma moça jovem e bonita até, lembra aquela moça que é namorada da Ligia em SFX e essa moça era homossexual.

Não era masculinizada, como disse lembra bem a...esqueci o nome dela.

Estou impressionada com alguma coisa nela. Não exatamente a beleza.

Algo na energia dela é algo muito forte e positivo.

Fico pensando se poderia me envolver com uma homossexual. Não que queira, mas parece ser o que sobra para mim.

E aqui me passa um rastro de pensamento agora escrevendo que não sei se teria a ver.

É muito raro encontrar homens interessantes.

Muito mesmo. A grande maioria ou é desinteressante fisicamente ou é mais desinteressante ainda como pessoa. Estou falando na vida real. Claro que na vida irreal tem o DG.

Mas enfim, a melhor palavra para essa garota seria:interessante.

Ela vem falar comigo bastante.

E então de pé ali no jardim, diz a frase que foi a mais forte do sonho,e que completava algo que ela estava tentando me explicar:

– Essa casa me fornece tudo o que preciso.

Não lembro 100% da frase.

Poderia ser essa, poderia ser a que usei no nome do sonho.

O que lembro é do sentido dela.

Tudo o que ela precisava, tudo o que necessitava, em diversos sentidos diferentes, não só coisas materiais, a casa fornecia.

Existe uma sensação densa e misteriosa envolvendo essa frase que estou tentando colocar em palavras.

A moça tinha um ar encantado. Era uma constatação meio recente para ela, aliás o assunto que tinha desembocado nessa frase era mais ou menos sobre sair da casa, ou a casa e então ela dizia isso, aliás talvez a frase fosse:

– Tudo o que preciso essa casa provê.

Prover. Esse era o sentido do que ela via na casa, pois havia algo ativo.

Não era como se a casa fosse algo inanimado, onde a moça encontrava tudo o que precisava, mas como se a casa ativamente fornecesse à moça tudo o que ela tinha necessidade.

E assim ela tinha uma relação profunda com a casa e não queria sair de lá.

No bom sentido, nada de ruim nisso.

Era uma casa boa.

IMAGE CREDITS NOT MINE


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