UNDEFEATED

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Foi muito estranho e nítido para ignorar.

Primeiro teve uma parte super padrão.

Há um homem que me protege dentro de uma caverna, está chovendo, ele me abraça mas sua estatura não é suficiente para que eu coloque a cabeça no seu peito, ele é quase da minha altura, o que é baixo para um homem. Mas ele faz o que pode e assim como o cara ali do vídeo do insta provavelmente fake, não deixa a esposa ir tirar neve com a pá, ele mesmo vai lá na chuva providenciar as coisas enquanto eu fico na caverna.

Mas essa parte tem clima de fantasia minha ou pelo menos tem um clima super habitual. Parece ser uma representação da minha energia Yang fazendo o que pode para cuidar de mim.

Já a parte seguinte… sim, é comum sonhar que vejo um filme que se passa de forma quase, quase presencial na minha frente, uma vez que não tem tela à vista, mas esse filme tinha um ar quase que de filme mesmo, não parecia estar vindo do meu subconsciente.

O filme seria sobre um nobre acho que francês. Francês. Ele lutava na guerra. Voltava então da batalha para sua mansão, ele morava numa mansão.

Havia algo sobre eu preferir inglêses. Algo que ficava embolado no sonho. Essa coisa de estilo e cultura francesa e estilo e cultura inglêsa e eu sempre preferindo a inglêsa, mas nada a ver com guerras e sim com isso de cultura artística.

Esse nobre tinha um idoso mordomo. Já idoso e meio entrevado.

Mas mesmo assim, quando a cozinheira prepara o jantar para o nobre, o mordomo faz questão de levar a bandeja, coisa que realiza com perfeição e nesse momento eu vejo diante de mim o corredor da mansão com seu estilo todo belo, e penso:

– Esse avermelhado da fotografia me incomoda, se pelo menos não tivesse isso…

E isso foi o que pensei ontem de uma foto que tirei aqui da cama com as almofadas e olhando acho lindo mas ainda não conseguir tirar uma foto que eu goste disso.

Aquela fotografia em tom avermelhado estava estragando o filme, na minha opinião, e de fato, quando a fotografia não é adequada isso interfere muito para mim e tenho que me esforçar para abstrair mas no que penso isso… não tem mais o tom avermelhado e o filme está perfeito.

Esse pequeno detalhe do tom avermelhado tem grande destaque no sonho então deve ter significado. Fico então totalmente imersa na cena do filme que é a seguinte.

Esse nobre havia contraído recentemente uma amante. Contraido, Quase como uma doença. Pois não seria algo vindo do amor nem da paixão e sim algo para lidar com o tédio de sua vida, que era vazia mesmo ele não sendo um nobre fútil, pois lutava em campo de batalha, era corajoso e não um dandy.

Essa nova amante era meio que eu. Tinha algo nisso.

Então o filme, eu sabia, meio que iria no sentido de ficar revelado que essa nova amante tinha algo especial e não era mais uma para o nobre aliviar o tédio de uma vida vazia.

Essa mulher era especial e iria dar sentido à vida dele mas ele ainda não sabia, somente os espectadores do filme podiam ver para onde a coisa estava rumando.

Está então o nobre em uma belississíssima sala de mansão com seu bró nobre também, só que mais velho, e esse amigo dele comenta sobre essa nova amante com a superficialidade e quase desprezo que era a forma padrão de se expressar da época. Essa coisa de inglês x francês envolvia a tal amante. O tom de desprezo do amigo do nobre, além de ser meio que o padrão, a pessoa, ainda mais nobre, tinha que ser blasé, vinha do fato da amante ser inglêsa e não francesa e isso era considerado algo inferior. Não algo de rivalidade, nem isso. Como alguém de qualidade inferior mesmo.

O nobre protagonista refuta com algo meio blasé também, da linha: ah, dá para passar o tempo, etc, mas nota-se que ele já sente algo especial pela mulher.

E então entra em foco o assunto principal da cena.

Sentados ali no belississíssimo sofá, o amigo nobre mais velho do nobre protagonista, que parece um pouco só o Madds alguma coisa, comenta e nisso sua treinada voz perde o tom blasé e superior, devido ao fato de ser uma frase muito sincera e esse amigo nobre mais velho era de fato um amigo sincero, que o nobre protagonista estava voltando de mais uma batalha e com essa, seriam sei lá, umas 40 ou 30 batalhas que ele havia lutado…

– ...undefeated, completa o amigo nobre mais velho com um autêntico tom de admiração totalmente isento de inveja.

O nobre protagonista, o quase Madds, está com uma taça de vinho na mão e balança a cabeça dizendo meio que “é, então”…

Tem um ar não exatamente blasé, pois ele não era blasé nem assumia essa atitude, tão valorizada na época. A vida dele era vazia. Até mesmo sua sucessão quase surreal de batalhas undefeated, não a preenchia.

Mas a mulher iria preencher.

{26 de novembro de 2024}

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